quarta-feira, 27 de março de 2013

SÓCRATES


Para o pensador grego, só voltando-se para seu interior o homem chega à sabedoria e se realiza como pessoa. Mesmo condenado à morte, o filósofo não voltou atrás com suas idéias

Frases de Sócrates:
"É sábio o homem que pôs em si tudo que leva à felicidade ou dela se aproxima"
"O princípio dos raciocínios é constituído pela essência das coisas do mundo"
Sócrates nasceu em Atenas por volta de 469 a.C. Adquiriu a cultura tradicional dos jovens atenienses, aprendendo música, ginástica e gramática. Lutou nas guerras contra Esparta (432 a.C.) e Tebas (424 a.C.). Durante o apogeu de Atenas, onde se instalou a primeira democracia da história, conviveu com intelectuais, artistas, aristocratas e políticos. Convenceu-se de sua missão de mestre por volta dos 38 anos, depois que seu amigo Querofonte, em visita ao templo de Apolo, em Delfos, ouviu do oráculo que Sócrates era "o mais sábio dos homens". Deduzindo que sua sabedoria só podia ser resultado da percepção da própria ignorância, passou a dialogar com as pessoas que se dispusessem a procurar a verdade e o bem. Em meio ao desmoronamento do império ateniense e à guerra civil interna, quando já era septuagenário, Sócrates foi acusado de desrespeitar os deuses do Estado e de corromper os jovens. Julgado e condenado à morte por envenenamento, ele se recusou a fugir ou a renegar suas convicções para salvar a vida. Ingeriu cicuta e morreu rodeado por amigos, em 399 a.C.

Seu pensamento marca uma reviravolta na história humana. Até então, a filosofia procurava explicar o mundo baseada na observação das forças da natureza. Com Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo. Como diria mais tarde o pensador romano Cícero, coube ao grego "trazer a filosofia do céu para a terra" e concentrá-la no homem e em sua alma (em grego, a psique). A preocupação de Sócrates era levar as pessoas, por meio do autoconhecimento, à sabedoria e à prática do bem.
Nessa empreitada de colocar a filosofia a serviço da formação do ser humano, Sócrates não estava sozinho. Pensadores sofistas, os educadores profissionais da época, igualmente se voltavam para o homem, mas com um objetivo mais imediato: formar as elites dirigentes. Isso significava transmitir aos jovens não o valor e o método da investigação, mas um saber enciclopédico, além de desenvolver sua eloqüência, que era a principal habilidade esperada de um político.

Sócrates concebia o homem como um composto de dois princípios, alma (ou espírito) e corpo. De seu pensamento surgiram duas vertentes da filosofia que, em linhas gerais, podem ser consideradas como as grandes tendências do pensamento ocidental.
Uma é a idealista, que partiu de Platão (427-347 a.C.), seguidor de Sócrates. Ao distinguir o mundo concreto do mundo das idéias, deu a estas o status de realidade; e a outra é a realista, partindo de Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão que submeteu as idéias, às quais se chega pelo espírito, ao mundo real.

O nascimento das idéias, segundo o filósofo
Sócrates comparava sua função com a profissão de sua mãe, parteira - que não dá à luz a criança, apenas auxilia a parturiente. "O diálogo socrático tinha dois momentos", diz Carlos Roberto Jamil Cury, professor aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O primeiro corresponderia às "dores do parto", momento em que o filósofo, partindo da premissa de que nada sabia, levava o interlocutor a apresentar suas opiniões. Em seguida, fazia-o perceber as próprias contradições ou ignorância para que procedesse a uma depuração intelectual. Mas só a depuração não levava à verdade - chegar a ela constituía a segunda parte do processo. Aí, ocorria o "parto das idéias" (expresso pela palavra maiêutica), momento de reconstrução do conceito, em que o próprio interlocutor ia "polindo" as noções até chegar ao conceito verdadeiro por aproximações sucessivas. O processo de formar o indivíduo para ser cidadão e sábio devia começar pela educação do corpo, que permite controlar o físico. Já para a educação do espírito, Sócrates colocava em segundo plano os estudos científicos, por considerar que se baseavam em princípios mutáveis. Inspirado no aforismo "conhece-te a ti mesmo", do templo de Delfos, julgava mais importante os princípios universais, porque seriam eles que conduziriam à investigação das coisas humanas.

Ensino pelo diálogo
Nas palavras atribuídas a Sócrates por Platão na obra Apologia de Sócrates, o filósofo ateniense considerava sua missão "andar por aí (nas ruas, praças e ginásios, que eram as escolas atenienses de atletismo), persuadindo jovens e velhos a não se preocuparem tanto, nem em primeiro lugar, com o corpo ou com a fortuna, mas antes com a perfeição da alma".

Defensor do diálogo como método de educação, Sócrates considerava muito importante o contato direto com os interlocutores - o que é uma das possíveis razões para o fato de não ter deixado nenhum texto escrito. Suas idéias foram recolhidas principalmente por Platão, que as sistematizou, e por outros filósofos que conviveram com ele. Sócrates se fazia acompanhar freqüentemente por jovens, alguns pertencentes às mais ilustres e ricas famílias de Atenas. Para Sócrates, ninguém adquire a capacidade de conduzir-se, e muito menos de conduzir os demais, se não possuir a capacidade de autodomínio. Depois dele, a noção de controle pessoal se transformou em um tema central da ética e da filosofia moral. Também se formou aí o conceito de liberdade interior: livre é o homem que não se deixa escravizar pelos próprios apetites e segue os princípios que, por intermédio da educação, afloram de seu interior.
Opondo-se ao relativismo de muitos sofistas, para os quais a verdade e a prática da virtude dependiam de circunstâncias, Sócrates valorizava acima de tudo a verdade e as virtudes - fossem elas individuais, como a coragem e a temperança, ou sociais, como a cooperação e a amizade. O pensador afirmava, no entanto, que só o conhecimento (ou seja, o saber, e não simples informações isoladas) conduz à prática da virtude em si mesma, que tem caráter uno e indivisível.

Segundo Sócrates, só age erradamente quem desconhece a verdade e, por extensão, o bem. A busca do saber é o caminho para a perfeição humana, dizia, introduzindo na história do pensamento a discussão sobre a finalidade da vida.

O despertar do espírito
O papel do educador é, então, o de ajudar o discípulo a caminhar nesse sentido, despertando sua cooperação para que ele consiga por si próprio "iluminar" sua inteligência e sua consciência. Assim, o verdadeiro mestre não é um provedor de conhecimentos, mas alguém que desperta os espíritos. Ele deve, segundo Sócrates, admitir a reciprocidade ao exercer sua função iluminadora, permitindo que os alunos contestem seus argumentos da mesma forma que contesta os argumentos dos alunos. Para o filósofo, só a troca de idéias dá liberdade ao pensamento e a sua expressão - condições imprescindíveis para o aperfeiçoamento do ser humano.

Para pensar
Ao eleger o diálogo como método de investigação, Sócrates foi o primeiro filósofo a se preocupar não só com a verdade, mas com o modo como se pode chegar a ela. Eis por que ele é considerado por muitos o modelo clássico de professor. Quando preparamos nossas aulas, levamos em conta a necessidade de ajudar nossos alunos a desenvolver procedimentos para que possam pensar por si mesmos?

domingo, 17 de março de 2013

Qual a utilidade da Filosofia?



Ela nos ajuda a abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum? 

A não nos deixar guiarmos pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos? 

A buscarmos compreender a significação do mundo, da cultura, da história? 

A conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política? 

A dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos? 

Se as respostas forem afirmativas, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes.

O QUE É FILOSOFIA?



O QUE É FILOSOFIA?

Platão definia a Filosofia como um saber verdadeiro que deve ser usado em
benefício dos seres humanos.
Descartes dizia que a Filosofia é o estudo da sabedoria, conhecimento perfeito de
todas as coisas que os humanos podem alcançar para o uso da vida, a
conservação da saúde e a invenção das técnicas e das artes.
Kant afirmou que a Filosofia é o conhecimento que a razão adquire de si mesma
para saber o que pode conhecer e o que pode fazer, tendo como finalidade a
felicidade humana.
Marx declarou que a Filosofia havia passado muito tempo apenas contemplando
o mundo e que se tratava, agora, de conhecê-lo para transformá-lo, transformação
que traria justiça, abundância e felicidade para todos.
Merleau-Ponty escreveu que a Filosofia é um despertar para ver e mudar nosso
mundo.
Espinosa afirmou que a Filosofia é um caminho árduo e difícil, mas que pode ser
percorrido por todos, se desejarem a liberdade e a felicidade.

Para você, O QUE É FILOSOFIA?

quarta-feira, 13 de março de 2013

Aristóteles e o papel da razão: Nada está no intelecto antes de ter passado pelos sentidos




Apesar de ter sido discípulo de Platão durante vinte anos, Aristóteles (384-322 a.C.) diverge profundamente de seu mestre em sua teoria do conhecimento. Isso pode ser atribuído, em parte, ao profundo interesse de Aristóteles pela natureza (ele realizou grandes progressos em biologia e física), sem descuidar dos assuntos humanos, como a ética e a política.

Para Aristóteles, o dualismo platônico entre mundo sensível e mundo das ideias era um artifício dispensável para responder à pergunta sobre o conhecimento verdadeiro. Nossos pensamentos não surgem do contato de nossa alma com o mundo das ideias, mas da experiência sensível. "Nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos", dizia o filósofo.

Isso significa que não posso ter ideia de um teiú sem ter observado um diretamente ou por meio de uma pesquisa científica. Sem isso, "teiú" é apenas uma palavra vazia de significado. Igualmente vazio ficaria nosso intelecto se não fosse preenchido pelas informações que os sentidos nos trazem.

Mas nossa razão não é apenas receptora de informações. Aliás, o que nos distingue como seres racionais é a capacidade de conhecer. E conhecer está ligado à capacidade de entender o que a coisa é no que ela tem de essencial. Por exemplo, se digo que "todos os cavalos são brancos", vou deixar de fora um grande número de animais que poderiam ser considerados cavalos, mas que não são brancos. Por isso, ser branco não é algo essencial em um cavalo, mas você nunca encontrará um cavalo que não seja mamífero, quadrúpede e herbívoro.

 O papel da razão
Conhecer é perceber o que acontece sempre ou frequentemente. As coisas que acontecem de modo esporádico ou ao acaso, como o fato de uma pessoa ser baixa ou alta, ter cabelos castanhos ou escuros, nada disso é essencial. Aristóteles chama essas características de acidentes.

O erro dos sofistas (e de muita gente ainda hoje) é o de tomar algo acidental como sendo a essência. Através desse artifício, diziam que não se pode determinar quem é Sócrates, porque se Sócrates é músico, então não é filósofo, se é filósofo, então não é músico. Ora, Sócrates pode ser várias coisas sem que isso mude sua essência, ou seja, o fato de ser um animal racional como todos nós.

Mas como nós fazemos para conhecer a definição de algo e separar a essência dos acidentes? Aí está o papel da razão.

A razão abstrai, ou seja, classifica, separa e organiza os objetos segundo critérios. Observando os insetos, percebo que eles são muito diferentes uns dos outros, mas será que existe algo que todos tenham em comum que me permita classificar uma barata, um besouro ou um gafanhoto como insetos? Sim, há: todos têm seis pernas. Se abstrairmos mais um pouco, perceberemos que os insetos são animais, como os peixes, as aves...

Ato ou potência
E poderíamos ir mais longe, separando o que é ser, do que não é. E aqui chegamos à outra grande contribuição de Aristóteles: se o ser é e o não-ser não é, como dizia Parmênides, então como é possível o movimento?

Segundo Aristóteles, as coisas podem estar em ato ou em potência. Por exemplo, uma semente é uma árvore em potência, mas não em ato. Quando germina, a semente torna-se árvore em ato. O movimento é a passagem do ato à potência e da potência ao ato.

Qual a causa?
Por outro lado, se as coisas mudassem completamente ao acaso, não poderíamos conhecê-las. Conhecer é saber qual a causa de algo. Se tenho uma dor de estômago, mas não sei a causa, também não posso tratar-me. Conhecendo a causa é possível saber não só o que a coisa é, mas o que se tornará no futuro. Pois, se determinado efeito se segue sempre de uma determinada causa, então podemos estabelecer leis e regras, tal como se opera nos vários ramos da ciência.

Existem quatro tipos de causas: a causa final, a causa eficiente, a causa formal e a causa material. Por exemplo, se examinarmos uma estátua, o mármore é a causa material, a causa eficiente é o escultor, a causa formal é o modelo que serviu de base para escultura e a causa final é o propósito, que pode ser vender a obra ou enfeitar a praça.

Há uma hierarquia entre as causas, sendo a causa final a mais importante. A ciência que estuda as causas últimas de tudo é chamada de filosofia. Por isso, a tradição costuma situar a filosofia como a ciência mais elevada ou mãe de todas as ciências, por ser o ramo do conhecimento que estuda as questões mais gerais e abstratas.


segunda-feira, 11 de março de 2013

Avaliação Filosofia



                                                                                 

 Questão 01
                  
A filosofia socrática teve como um dos temas centrais a investigação acerca da essência do homem. Sobre a antropologia desenvolvida por Sócrates, é CORRETO afirmar que:
I. A antropologia socrática é uma continuidade do que já havia na filosofia grega acerca da alma (psyché).
II. Para Sócrates, a resposta à pergunta sobre a essência humana é inequívoca: o homem é a sua alma.
III. A alma, para Sócrates, coincide com a consciência pensante e operante, com a nossa razão.
IV. Para Sócrates, a alma é a razão universal, da qual o ser humano participa.
a) Somente II e IV são verdadeiras.
b) Somente II e III são verdadeiras.
c) Somente I e III são verdadeiras.
d) Somente III e IV são verdadeiras.
e) Todas as alternativas são verdadeiras.

 Questão 02

A discussão acerca do conceito de virtude (areté) aparece na filosofia socrática associada ao conceito de alma. Neste sentido, é CORRETO afirmar que:

I. Segundo a filosofia socrática, a areté humana é o que permite à alma ser boa, isto é, ser aquilo que pela sua natureza deve ser.
II. Na filosofia socrática, a virtude é compreendida como valores associados à vida humana, tais como: a saúde, o vigor, a beleza.
III. A virtude, para Sócrates, significa habilidades e técnicas possíveis de serem ensinadas para o bem viver.
IV. Para Sócrates, a virtude é a ciência e o conhecimento.
a) Somente I e III são verdadeiras.
b) Somente II e III são verdadeiras.
c) Somente II e IV são verdadeiras.
d) Somente I e IV são verdadeiras.
e) Somente I e II são verdadeiras.


 Questão 03

A Filosofia é uma reflexão crítica a respeito do conhecimento e da ação, a partir da análise dos pressupostos do pensar e do agir e, portanto, como fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas." (Fonte: MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio Mais (PCN+EM)). Sobre a reflexão crítica, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A Filosofia indaga sobre o significado e realidade das coisas. 
b) A Filosofia questiona como as coisas e a realidade se estruturam. 
c) A Filosofia pergunta o que são as coisas, suas origens, causas e efeitos. 
d) A Filosofia é um processo de reflexão, um "conhece-te a ti mesmo". 
e) Para a Filosofia não é necessário compreender nossa capacidade de conhecer. 

 Questão 04

"A Lei 9.394/96 (LDB), nos artigos 35 e 36, reafirma a importância da Filosofia na formação cidadã, pois a Filosofia, além de intencionar a busca do Verdadeiro, do Belo e do Bom, nasce também com a vocação de buscar a "totalidade através de uma interdisciplinaridade", intencionando compreender a sociedade e seus mecanismos" (AMORIN, Fernando de Oliveira. Saber Acadêmico. n° 07, junho 2009, p. 132). Assinale a alternativa INCORRETA.
a) O processo de educação deve se orientar através de mecanismos que contemplem a formação política.
b) A educação deve ressaltar a formação filosófica com o intuito de originar discursos e ações.
c) No processo de formação da consciência crítica, a Filosofia exerce papel secundário.
d) A educação filosófica pode acarretar a formação de um discurso contraideológico.
e) A interdisciplinaridade entre Filosofia e demais ciências é fundamental para a compreensão do mundo.

Questão 05 
         
"Moral (mos, moris, "costume"): conjunto de normas livre e conscientemente adotadas que visam a organizar as relações das pessoas na sociedade, tendo em vista o bem e o mal; conjunto dos costumes e valores de uma sociedade, com caráter normativo (regras do comportamento das pessoas em grupo)". (ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). Sobre a moral, é CORRETO afirmar que: 
a) o estudo da moral deixa de ser uma questão de cunho filosófico passando a ser objeto de estudo da teologia. 
b) a moral não estabelece regras para a vivência em sociedade. 
c) a moral se reduz a um conjunto de normas, regras e valores que são adquiridas através da herança e recebidas pela tradição. 
d) através da reflexão crítica, o sujeito tende a colocar a moral e os valores vigentes em questão, questionando-os e criticando-os. 
e) não é possível compreender a moral através do seu caráter histórico e social, pois a ideia de moral sempre foi a mesma ao longo do tempo histórico. 

 Questão 06

"A reflexão filosófica é o movimento pelo qual o pensamento, examinando o que é pensado por ele, volta-se para si mesmo como fonte desse pensamento" (CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2005, p. 20). A esse respeito assinale a alternativa INCORRETA.
a) A reflexão filosófica é radical, isso significa que ela vai à raiz do problema.
b) A base da reflexão filosófica encontra-se exclusivamente no mundo objetivo, na realidade exterior dos homens.
c) Podemos dizer que a reflexão filosófica é o pensamento interrogando a si mesmo.
d) A reflexão filosófica é questionamento, "por quê?", "o quê?" e "para quê?".
e) A crítica faz parte do processo de reflexão filosófica.

Questão 07
  
"Ética (ethos, "costume"): parte da Filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral" (ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). De acordo com Aranha, sobre os conceitos de ética e moral é INCORRETO afirmar que: 
a) a moral se refere às regras de comportamento aceitas em determinada época, sendo o sujeito moral aquele que age bem ou mal, na medida em que ataca e transgride as regras morais. 
b) apesar de serem usados como sinônimos, os conceitos de moral e ética são diferentes. 
c) a ética se preocupa com a reflexão sobre os princípios e noções que alicerçam a vida moral. 
d) a ética também é conhecida como filosofia moral. 
e) os conceitos de moral e ética dizem respeito à mesma ideia, pois não apresentam nenhuma diferença. 

Questão 08
  
No período arcaico (séculos VIII a VI a.C.), na Grécia antiga, alguns fatos contribuíram para o processo de ruptura com o pensamento mítico e a emergência do pensamento filosófico. Com base nessa informação, a alternativa que contém alguns desses fatos é a:
a) A invasão dórica; o apogeu do escravismo; as guerras púnicas.
b) A invasão da Grécia pelos bárbaros; a lei escrita; a guerra de Tróia.
c) Os pensamentos dos sofistas; a invenção da moeda; a conquista de Tróia.
d) A fundação da Pólis (cidade-estado); os poemas de Homero; as guerras médicas.
e) A invenção da escrita e da moeda; a lei escrita; a fundação da Pólis (cidade-estado).

 Questão 09


“O pior é que as pessoas esperavam que Sócrates respondesse por elas ou para elas, que soubesse as respostas às perguntas, como os sofistas pareciam saber, mas Sócrates, para desconcerto geral, dizia: “eu também não sei, por isso estou perguntando”. (Marilena Chauí, Convite à filosofia, São Paulo. Ática, 2005. p. 41). A partir do texto acima, escolha a alternativa que melhor exprime o método de filosofia socrática.
a) Assim como os sofistas, Sócrates se apresenta como o detentor do conhecimento, capaz de levar seus adversários à posse da verdade.
b) O objetivo da investigação filosófica é o exame da natureza e da cosmologia, pelo qual são delimitados os critérios racionais que permitem o abandono dos falsos valores e que conduzem ao aperfeiçoamento da alma pela ciência. A investigação socrática não se ocupa das questões éticas e políticas.
c) O método socrático se divide em duas partes: a primeira destrutiva, conhecida como ironia e a segunda construtiva, conhecida como Maiêutica. A primeira elimina falsos saberes e a segunda trata-se de um convite para a “busca” do conhecimento.
d) A filosofia política, enquanto análise do Estado e sua legislação.
e) A filosofia da religião, enquanto crítica ao mito.

 Questão 10

Sócrates é tradicionalmente considerado como um marco divisório da filosofia grega. Os filósofos que o antecederam são chamados pré-socráticos e os que vieram a partir dele são chamados de pós-socráticos. Seu método, que parte do pressuposto "só sei que nada sei". Sobre esta frase, é correto afirmar:
a) Sócrates admite não saber de nada e isto torna seus adversários mais fortes do que ele nas discussões.
b) Ao constatar que era incapaz de vencer seus adversários, Sócrates disse tal frase.
c) Esta frase faz parte de um método, cujo objetivo é “desconstruir” falsos saberes de seus adversários.
d) Esta frase foi dita por Platão, discípulo de Sócrates, e usada por ele toda vez que não conseguia dar uma resposta convincente para um adversário.
e) Esta frase só vem a confirmar a ignorância do filósofo perante o mundo.

Prof. Manoelito

Boa Sorte!!!

quarta-feira, 6 de março de 2013

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N33443


Acesse o LINK acima e assine. Você estará contribuindo para a melhoria da educação de nossas crianças.


O professor Manoelito Antonio Soares Filho, com o apoio da sociedade civil, pretende apresentar na Câmara Municipal de Suzano, um projeto de lei, que dispõe sobre a obrigatoriedade da presença da Filosofia no currículo escolar do Ensino Fundamental. A proposta visa contribuir para o desenvolvimento do senso crítico dos estudantes, colocando-os em contato com os grandes pensadores e com as correntes filosóficas. Além disso, a disciplina de Filosofia tem o potencial de alavancar o interesse de crianças e adolescentes para a cidadania e a construção de uma sociedade mais justa e humanizada.

Há uma luta de longo tempo, contínua e efetiva, pela volta e inclusão definitiva dessa área do conhecimento humano na escola pública, e brigar pela sua presença no cotidiano escolar é uma ajuda na expansão do pensamento e na reflexão crítica destinada à disposição de milhares de jovens.
Artigo 1° - A Filosofia deverá ser conteúdo obrigatório no currículo escolar das séries do ensino fundamental.

Artigo 2° - O ensino da Filosofia será ministrado por professores com formação específica na área.

Artigo 3° - Os sistemas de ensino terão 3 (três) anos letivos para se adaptarem às exigências estabelecidas no artigo 1º desta lei.

Artigo 4° - As despesas com a execução desta lei serão suportadas por verbas orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Artigo 5º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 

Os signatários