segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A CONCEPÇÃO DIALÉTICA DA LIBERDADE


O objetivo é abordar a concepção dialética da liberdade, procurando apresentá-la como uma síntese superadora da contradição entre o libertarismo e o determinismo. Para tanto, iniciaremos com uma breve exposição sobre o sentido geral do termo “dialética”, esclarecendo alguns dos inúmeros significados que ele adquiriu ao longo da história da Filosofia, passando por filósofos como Heráclito, Sócrates, Platão, Hegel, Marx e Engels.
Que relação, o movimento das ondas do mar pode ter com a noção de dialética? Para entender melhor esse tema e responder essa questão, leiam o texto: “A dialética”, disponível no Caderno do Aluno no qual são apresentados alguns dos significados que o termo adquiriu ao longo da história da Filosofia.
Em seguida, façam a leitura do texto: “Dialética e liberdade”, no qual é articulada a perspectiva de Marx e Engels sobre a dialética com a questão da liberdade. O objetivo é mostrar que, desse ponto de vista, é possível superar tanto o reducionismo do libertarismo como o do determinismo. Para isso, partimos da concepção de homem como “conjunto das relações sociais”, explicitando, assim, seu caráter socialmente determinado. Tal determinação, porém, não se dá de modo absoluto, mecânico, unilateral, pois não elimina a condição do homem de sujeito de sua história. Como, porém, os homens não fazem a história a seu bel-prazer, visto que estão limitados pelas circunstâncias materiais em que se encontram, sua liberdade não é total, pois sofre a interferência de causas externas a ele. Enfim, as circunstâncias fazem os homens, mas os homens também fazem as circunstâncias.
Atividade:
1.      O que é dialética?
2.      Fale sobre Heráclito, um dos primeiros filósofos a desenvolver a forma de pensar dialética.
3.      Segundo Heráclito, o motor dessa transformação é a contradição que está contida em todas as coisas. O que isso quer dizer?
4.      Fale sobre a palavra dialética no tempo de Sócrates e Platão.
5.      Quem de fato sistematizou a dialética como método de interpretação da realidade? Explique.
6.      O que afirma Hegel, com relação a história? Explique.
7.      Por que dizemos que a filosofia de Hegel tem caráter idealista?
8.      O que fez Marx ao absorver o núcleo dialético do pensamento hegeliano?
9.      Explique a dialética materialista, para Karl Marx.
10.  Explique a frase: “Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência”
11.  Explique a frase: “A história de toda sociedade existente até hoje tem sido a história das lutas de classes.
12.  Explique a frase: “As circunstâncias fazem os homens, assim como os homens fazem as circunstâncias”
13.  O que é o homem, na perspectiva do materialismo histórico dialético?
14.  Como os homens fazem a sua própria história, de acordo com Marx?
15.  O que podemos dizer da perspectiva dialética?

16.  Responder o caderno do aluno da página 41 a 49

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

FILOSOFIA E O DETERMINISMO


O objetivo é aprofundar a discussão sobre liberdade, abordando um tema de grande relevância para a Filosofia, que é o determinismo. Segundo a concepção determinista, o mundo, os acontecimentos e até o comportamento humano são regidos por leis necessárias e imutáveis, que escapam ao controle dos homens, de modo que a liberdade é impossível.
Uma ideia comum do senso comum é que, “as coisas só acontecem quando têm de acontecer”, “nada acontece por acaso”, “aconteceu porque tinha de acontecer”, “aconteceu porque estava escrito que seria assim” etc. Essas questões nos levam a refletir sobre a natureza livre ou não livre das inúmeras escolhas que fazemos no nosso dia a dia. As coisas acontecem porque têm que acontecer ou somos nós que fazemos com que aconteçam? No dia a dia, fazemos inúmeras escolhas a todo momento, da roupa, do calçado ou do corte de cabelo que usamos; do livro que pegamos para ler; da notícia de jornal que privilegiamos; dos valores, crenças e opiniões que adotamos; das músicas que preferimos sintonizar no rádio ou baixar da internet; dos programas de TV a que assistimos; da profissão que almejamos no futuro; da pessoa com quem desejamos namorar ou casar etc. É você mesmo quem escolhe com liberdade ou você é induzido a preferir determinadas coisas e produtos no lugar de outros? Todas essas escolhas são absolutamente livres, sem qualquer interferência de fatores externos ao sujeito que escolhe? Para tentar responder a essas questões, façam a leitura dos textos “Determinismo e liberdade”, “Show do Milhão”, “Sobre o destino” “Liberdade humana e providência divina” e “A chegada de Lampião no Céu”.
A relação entre liberdade humana e providência divina. Para melhor entender esse tema, reflitam sobre algumas expressões do cotidiano que tomam como pressuposta a tese da providência divina, embora a maior parte das pessoas talvez não se dê conta disso. As expressões são as seguintes: “Se Deus quiser, tudo vai dar certo. ”; “Graças a Deus, passei no vestibular! ”; “Foi por Deus que não aconteceu um acidente.
Diante dessas questões, que papel tem Deus, para cada um vocês, na condução dos acontecimentos? Quando digo “Se Deus quiser, tudo vai dar certo”, estou afirmando que, se não der certo, será porque Deus não quis? Em outras palavras, quando algo dá certo é porque Deus quer e quando não dá é porque ele não quer? Logo, por esse raciocínio, seja qual for o resultado de uma ação, ele pode ser atribuído a Deus? Quando alguém diz “Graças a Deus, passei no vestibular! ”, está afirmando que passou por causa da ação de Deus? Ora, mas há inúmeras outras pessoas que não passaram. Logo, Deus quer que algumas passem e outras não? Como isso é possível, sendo ele bom, justo e sábio? Quando pensamos: “Foi por Deus que não aconteceu um acidente”, indiretamente não estamos também afirmando que quando um acidente acontece é porque Deus não o impediu? Mas como Deus permite que acidentes aconteçam com alguns e não com outros? Na verdade, a maioria das pessoas usa essas expressões sem refletir sobre elas e sem se dar conta de sua relação com a discussão sobre a providência divina.
1.       Se o comportamento humano é determinado, a liberdade torna-se impossível por quê?
2.       Por que, no filme “O auto da compadecida”. A certa altura da história, os protagonistas morrem, indo se encontrar no juízo Final. Entre todos, porém, apenas Severino é absolvido?
3.       Por que o determinismo é o extremo oposto em relação ao libertarismo?
4.       Qual o problema do determinismo?
5.       Pesquisar o que foi a Tragédia Grega?
6.       Em que consiste o fatalismo?
7.       De acordo com o texto “Sobre o destino”, responda: quais personagens fazem parte da tragédia, e qual o desfecho final?
8.       Quantas letras há no lema da bandeira brasileira? Caso você erre, qual a causa? Foi porque foi da vontade de Deus e só lhe resta acatar o acontecido, ou você não perdeu, apenas deixou de ganhar?
9.       Em que consiste a providência divina?
10.   Qual a diferença entre fatalismo e providência divina?
11.   Defina liberdade segundo Hobbes e dê exemplos.
12.   Qual o significado de Livre-arbítrio, segundo Hobbes?
13.   Como Hobbes procurou conciliar liberdade e necessidade?
14.   Por qual raciocínio Hobbes procurou conciliar a liberdade do homem com a providência divina?
15.   De acordo com o poema, com qual objetivo Lampião foi ao céu? Por que ele queria ser julgado?


Prof. Manoelito

FILOSOFIA E AS RELAÇÕES DE GÊNERO


O objetivo é discutir as diferenças sociais entre homens e mulheres e atualizar o debate acerca das questões de gênero. Nesse contexto, iremos abordar alguns aspectos do pensamento de 0lympe de Gouges, Simone de Beauvoir e Michel Foucault. Quais são as semelhanças e diferenças entre homens e mulheres na atualidade? Há consequências práticas para essas semelhanças e diferenças em termos de papéis assumidos na sociedade? Os papéis sociais assumidos por homens e mulheres sempre foram os mesmos? É possível observar mudanças no decorrer da história?
Filosofia e gênero - Para melhor entender esse tema, façam a leitura dos dois fragmentos de textos propostos a seguir: Texto 1 – Filosofia e gênero e Texto 2 – Decálogo da esposa. O primeiro fragmento faz parte de uma obra publicada pela Coordenadoria da Mulher do município de São Paulo. Nele, Alicia H. Puleo problematiza as posições dos filósofos Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant no que se refere às diferenças entre homens e mulheres; para esses pensadores, o livre desenvolvimento e a autonomia tinham sentido apenas para os homens e não para as mulheres. O segundo fragmento foi extraído da obra História da vida privada no Brasil. Ele apresenta alguns pontos do Decálogo da Esposa, publicado na Revista Feminina, em 1924, mas acreditamos que vale a pena ler todos os itens na obra citada. Esse fragmento ilustra a perspectiva de uma revista feminina que, em pleno século XX, procura atrelar a “satisfação de ser mulher” ao “sucesso” no casamento, deixando entender que esse suposto “sucesso” deriva da submissão da mulher ao homem.
Vemos cotidianamente as mulheres ocupando os mesmos postos que os homens, podemos pensar que essa condição das mulheres de submissão aos homens já foi superada, pois não faltam evidências que mostram que as mulheres saíram da esfera do lar e da dependência do casamento, por exemplo, para atuar em profissões e postos tradicionalmente ocupados por homens. Podemos lembrar que, hoje, há mulheres trabalhando na construção civil, compondo a força policial civil e militar, dirigindo ônibus e caminhões, liderando empresas, exercendo cargos públicos e políticos nas esferas legislativa e executiva etc. São inúmeros exemplos que podemos dar para ilustrar que as mulheres saíram da esfera do lar e ganharam a esfera pública. Contudo, observar as mulheres ocupando os mesmos espaços dos homens não é suficiente para entender as diferenças que ainda permanecem entre homens e mulheres.
Certamente, já ouvimos nos noticiários de televisão que as mulheres que exercem as mesmas funções dos homens, em geral, ganham menos; que as mulheres ainda são vítimas de violência doméstica; que as meninas ainda são as mais lembradas quando se trata de aprender a executar trabalhos domésticos. Ou seja, a perspectiva de atrelar as mulheres a condição inferior e ao espaço doméstico ainda persiste.   Podemos citar como exemplo as revistas femininas que priorizam pautas voltadas para decoração da casa, saúde da família – mais especificamente o cuidado com os filhos –, culinária, moda e beleza. Há revistas femininas cujos editoriais e seções dão dicas para as relações com seus namorados e maridos, indicando comportamentos adequados para melhorar relacionamentos. Há, ainda, dicas para utilizar melhor o dinheiro e conselhos para “evoluir” na carreira profissional, uma vez que, no mundo contemporâneo, as mulheres passaram a acumular funções – são mães e esposas, devem ser profissionais de sucesso e ter independência financeira. Quem nunca ouviu falar de “tripla jornada de trabalho” Além das atribuições próprias do desempenho da profissão, as mulheres, em geral, ainda arcam com a responsabilidade pela organização e pelo funcionamento da casa, pelo planejamento, além do acompanhamento da educação dos filhos.
Dessa forma, podemos notar que a maioria das questões relativas ao lar e à criação dos filhos é de responsabilidade das mulheres, mesmo considerando as mudanças ocorridas em relação ao modelo tradicional que colocava mulheres e homens em espaços distintos. Há diferentes discursos e práticas que fomentam uma disposição quase “natural” para atividades e funções para homens e mulheres na sociedade. Apesar das significativas mudanças pelas quais passou a nossa sociedade, inclusive nas relações entre homens e mulheres, alguns padrões e expectativas acerca do que é normal e apropriado ainda persistem. A perspectiva de mulher submissa encontrou oposição em diferentes momentos da história. Nesse sentido, podemos observar que os contemporâneos de Rousseau, como o filósofo iluminista francês, Jean Le Rond D’Alembert, opunham-se à posição dele e que, principalmente, as mulheres não foram tão submissas quanto se pode pensar. Dessa forma, podemos afirmar que a condição de submissão nunca foi plenamente aceita e que, historicamente, mulheres se destacaram na luta pela igualdade e pela condição de cidadania. Essa posição pode ser observada no texto reproduzido no Caderno do Aluno. Trata-se da conclusão da Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, redigida pela jornalista e historiadora feminista 0lympe de Gouges (1748-1793) em resposta à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Gouges defendia a ação política que garantisse liberdade para todos e, portanto, defendia a libertação das mulheres e dos escravos das colônias francesas. Por conta de suas ideias, ela morreu guilhotinada.
Essa declaração é contemporânea à publicação do Emílio (1762), de Rousseau. Ou seja, a época de Rousseau conheceu posturas e ideias de libertação e de igualdade entre homens e mulheres. Gouges não estava sozinha na sua posição. D’Alembert atentou para a postura de Rousseau em relação à educação das mulheres, e lhe dirigiu severa crítica. Dessa forma, não é possível pensar que Rousseau, assim como Kant, não podem ser julgados pelas suas posturas em relação às mulheres porque estavam presos a um contexto histórico. Segundo Puleo (2004); “Não eram sexistas porque ‘não conheciam nenhuma mulher inteligente. O eram justamente porque se opunham às reivindicações de igualdade de outros pensadores e pensadoras de sua época. Suas teorias eram a reação frente às demandas de mudança social”.
Funções sociais de homens e mulheres - O ensaio filosófico “O segundo sexo”, de Simone de Beauvoir, publicado em 1949, faz uma análise do papel da mulher na sociedade, negando concepções e estudos que discorrem sobre uma essência feminina. Para a autora, a condição da mulher é uma escolha dos homens apoiada pela submissão das mulheres, que devem assumir a responsabilidade de mudar a situação de submissão, pois são seres livres que apenas por escolha própria ficarão submetidas ao preconceito social. A Única libertação possível das mulheres virá da política, isto é, da união das próprias mulheres. Elas precisam reunir-se, reconhecer seus problemas, partilhar ideias; em outras palavras, precisam lutar juntas. Não há como ser diferente, pois não se pode esperar que todos os homens abram mão dos seus privilégios pelas mulheres. Para a filósofa, não se trata de colocar as mulheres contra os homens, mas de colocá-las contra o machismo, contra as situações de opressão. A partir do texto sobre o Segundo sexo, de Simone de Beauvoir, podemos considerar que não existe uma motivação natural que possa determinar os papéis de homens e mulheres na sociedade. Podemos afirmar que as ideias de Simone de Beauvoir encontram respaldo na história de diferentes povos e nas histórias das sociedades ocidentais. A história tem demonstrado que as funções de homens e mulheres têm mudado com o tempo. Elas não são naturais, não há uma essência feminina ou masculina. Tudo isso é um posicionamento para controlar a vida das pessoas. Na maioria das sociedades ocidentais, os meninos têm de ser sempre fortes; e as meninas, sensíveis.
Segundo o filósofo francês Michel Foucault, a determinação do que é certo, errado, normal e anormal no âmbito do sexo, do gênero e da sexualidade está relacionada com classificações fundadas em identificações e diferenciações que não são naturais, mas criadas por convenção social para melhor controlar as populações. Essas classificações foram engendradas e perpetuadas por meio de diferentes mecanismos do poder, entre eles; a produção de saberes e o estabelecimento de disciplinas e discursos que nos fornecem determinado modo de ver o mundo e as relações humanas.
1.      O que sustenta Rousseau, no livro “V” de Emílio?
2.      Sobre o desenvolvimento das crianças, o que propõe Rousseau para Emílio, e para Sofia?
3.      O que sustenta Kant, com relação as mulheres?
4.      Destaque um item do decálogo que você concorda ou discorda e justifique.
5.      O que podemos afirmar, com relação a condição de submissão da mulher?
6.      Quem e por que o autor (a) escreveu a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã?
7.      Por que, para Simone de Beauvoir, ninguém nasce mulher, torna-se mulher. Explique.
8.      Para Simone de Beauvoir, qual a condição da mulher?
9.      Explique qual a única libertação possível, segundo a autora?
10.  O que afirma o filosofo Michel Foucault?
11.  O que tem demonstrado a história sobre as funções de homens e mulheres?
12.  Pesquisar a (Lei Maria da Penha) e apontar o artigo que você considera mais importante.
13.  Responder o caderno do aluno da página 19 a 24

Prof. Manoelito

FILOSOFIA E O LIBERTARISMO


O libertarismo concebe a liberdade como autodeterminação ou autocausalidade. Segundo essa corrente, ser livre é agir voluntariamente, sendo a vontade determinada exclusivamente pelo próprio agente. Para analisar essa concepção, veremos, brevemente, a posição de Aristóteles e a tese do livre-arbítrio tal como formulada por Santo Agostinho.
1.      0 que é liberdade para você?  Dê uma definição. 2. ­ é possível ser livre na sociedade em que vivemos?  Por quê. 3. Você se considera uma pessoa livre?  Justifique. Para responder essas questões, façam a leitura dos textos: “Liberdade – Introdução”; “Ato Institucional no 5, de 13 de dezembro de 1968”; “Liberdade segundo Aristóteles”; “Pai contra mãe”; “Tabaco e livre-arbítrio”; “O livre-arbítrio”;
A liberdade é, sem dúvida, um dos valores mais defendidos no mundo atual. Ela é considerada um direito inalienável na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão e na Constituição da maioria das nações. No caso do Brasil, esse direito é garantido pelo artigo 5o da Constituição Federal. Mas será que todos entendemos a liberdade da mesma forma Em nome desse valor moral tão decantado já não se cometeram horríveis atrocidades Será que ela se aplica da mesma maneira a todas as pessoas e classes sociais Por exemplo, a Constituição brasileira diz, no artigo 5o, inciso XIII, que “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. Na prática, porém, todos podem escolher com liberdade a profissão que exercem ou vão exercer O inciso XV do mesmo artigo diz que “é livre a locomoção no território nacional”. Mas todos têm iguais condições para decidir por exemplo, quando, como e para onde desejam ir nas férias ou nos feriados prolongados  Será que a liberdade proclamada no plano formal (na lei, por exemplo) está sendo assegurada na prática Do ponto de vista estritamente filosófico, podemos perguntar0 homem é livre para agir segundo sua vontade ou está sujeito a alguma espécie de lei ou mecanismo que determina a forma como ele se comporta  Em outras palavras, as coisas acontecem de determinada forma porque têm necessariamente que acontecer assim, ou somos nós quem as fazemos conforme bem entendemos  0u será que, na verdade, tudo acontece por acaso  Existe um destino previamente traçado e do qual não conseguimos escapar, ou somos nós os autores e sujeitos do nosso destino, da nossa história  Enfim, é possível ao homem exercer a liberdade  Em que medida;
Questões:
1.      Qual a justificativa para o Ato Institucional no 5, de 13 de dezembro de 1968 e na sua opinião ele assegurou ou tirou a liberdade?
2.      Como Aristóteles começa a formular a noção de liberdade?
3.      Explique. “Voluntario”; “involuntário” e “voluntario e involuntário” ao mesmo tempo.
4.      Qual a diferença entre agir por ignorância e agir na ignorância.
5.      Defina a liberdade com base no que vimos do pensamento de Aristóteles.
6.      Após ler o texto “Tabaco e livre-arbítrio” responda: O fumante tem livre-arbítrio para decidir se começa ou não a fumar. Por isso, a indústria tabagista não deve ser responsabilizada pelos malefícios provocados à saúde pelo cigarro ou o fumante não tem livre-arbítrio para decidir se começa ou não a fumar. Por isso, a indústria tabagista deve ser responsabilizada pelos malefícios provocados à saúde pelo cigarro?
7.      O que é livre-arbítrio?
8.      O que é o homem, Segundo Santo Agostinho?
9.      Explique cada uma das três pessoas da Trindade, Segundo Santo Agostinho.
10.  Explique Presciência, segundo Santo Agostinho.
11.  O que é a graça divina?
12.  Explique a doutrina de predestinação.
13.  Afirmar a necessidade da graça divina e a existência da predestinação não implica entrar em contradição com a tese do livre-arbítrio?
14.  Segundo Santo Agostinho, o que Deus afirmou quando castiga o pecador?

15.  Responder o caderno do aluno da página 12 a 27.                                            Prof. Manoelito

TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO


O objetivo deste tema é discutir o desemprego como um fenômeno social, situando-o no contexto das transformações no mundo do trabalho. Se perguntarmos à população brasileira quais são hoje os maiores problemas que perturbam a vida das pessoas em nossa sociedade, com certeza o desemprego vai ser uma das respostas, entre várias outras. Qual é a importância do trabalho na vida das pessoas? Por que as pessoas trabalham? O que significa o desemprego na vida das pessoas? Por que as pessoas ficam desempregadas? A importância do trabalho relaciona-se com a necessidade de garantir os meios de vida do trabalhador e de sua família. Sem rendimentos, as pessoas não sobrevivem, pois não têm casa para morar, alimentos, roupas, calçados, não podem estudar, não têm lazer. O trabalho, implica valores como honestidade, dignidade, independência e autorrealização. As pessoas terão, possivelmente, uma compreensão mais clara a respeito do desemprego e de suas consequências para a sua vida se eles ou seus familiares já passaram pela experiência da exclusão ou tiveram dificuldade de inserção no mercado de trabalho. No entanto, talvez muitas pessoas não conseguem explicar as causas do desemprego.
Mercado de trabalho: emprego e desemprego - Analisem as tabelas no Caderno do Aluno.
1.       Qual é a maior proporção de pessoas ocupadas? 2- Quais outras ocupações aparecem na tabela e quais são suas respectivas porcentagens?
2.       Vocês consideram importante ter um emprego com carteira assinada.
3.       Vocês sabem quais são as vantagens de um emprego desse tipo.
Emprego com carteira assinada - os direitos garantidos por essa forma de trabalho:
ü  Acesso ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O FGTS é um valor depositado mensalmente na Caixa Econômica Federal, pelo empregador, em conta no nome do empregado, que tem por finalidade protegê-lo na hipótese de desemprego involuntário, ou seja, caso ele seja demitido da empresa ou adquira determinadas doenças. Ele também pode ser retirado pelo empregado no momento da compra de um imóvel;
ü  Férias remuneradas;
ü  13º salário;
ü  Em alguns casos, direito a seguro-desemprego;
ü  Inscrição no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que garante o direito à aposentadoria.
Os assalariados sem carteira assinada não têm acesso a esses direitos, embora haja a possibilidade de buscar esses direitos na Justiça do Trabalho. E, apesar de existir uma legislação que obriga o registro em carteira dos empregados domésticos e lhes garanta férias remuneradas, 13º salário e inscrição no INSS, ainda é grande a proporção desses empregados que não é registrada e, portanto, é privada desses direitos. Já o trabalhador autônomo deve se inscrever na prefeitura, pagar alguns impostos e contribuir para o INSS. Isso lhe garante o direito à aposentadoria remunerada e ao recebimento de alguns benefícios na hipótese de doença que o impeça de realizar seu trabalho. Contudo, ele não tem direito ao seguro-desemprego, ao FGTS, a férias remuneradas ou ao 13º salário, por exemplo.
IPEA: jovens são 46,6% de desempregados no país
Fatores apontados pelo Ipea para explicar a maior taxa de desempregados entre os jovens:
ü  A questão da rotatividade entre os jovens, ou seja, que eles tenderiam a mudar mais de emprego, pois estariam “experimentando” ocupações. Os jovens não sabem ainda o que querem e mudam mais facilmente de emprego do que a população mais velha.
ü  A baixa qualificação do jovem e o tipo de posto que ocupa. Como possui, de maneira geral, baixa qualificação e pouca experiência, o jovem ocupa os piores postos em termos de remuneração e condições de trabalho, além de proporcionar à empresa os menores custos de demissão e contratação. Como a qualificação exigida para o posto é baixa, ele é mal remunerado, e, assim, é mais fácil, do ponto de vista econômico, a sua contratação ou demissão. Por isso, eles conseguem ocupações mais precárias e de curta duração.
ü  A questão da escolaridade. Ao tratar dessa questão, logo após a afirmação de que os jovens têm uma baixa qualificação, o artigo indiretamente relaciona o problema do desemprego à escolaridade. Afinal, a grande defasagem escolar diminui a chance de os jovens conseguirem empregos melhores e mais bem remunerados, pois não possuem qualificação para tanto.
A pesquisa chama a atenção também para a defasagem escolar. De acordo com o estudo, cerca de 34% dos jovens entre 15 e 17 anos ainda estão no Ensino Fundamental, enquanto apenas 12,7% dos jovens de 18 a 24 anos frequentam o Ensino Superior. Deve-se destacar também a crescente proporção de jovens fora da escola, conforme a faixa etária: 17% entre os com idade de 15 a 17 anos; 66% entre 18 e 24 anos; e 83% entre 25 e 29 anos, dos quais boa parte não chegou a completar o Ensino Fundamental. Além disso, o artigo também aponta a elevada taxa de analfabetismo no país, representada pela dificuldade entre as pessoas maiores de 15 anos de escrever ou ler um bilhete simples. 
E hoje, será que isso mudou? Estudos apontam que a taxa de desemprego entre os mais jovens ainda é muito maior do que aquela encontrada entre adultos.
Transformações no mundo do trabalho - introdução de inovações tecnológicas e o trabalho
As transformações ocorridas no mundo do trabalho são resultado, principalmente, da automação ou introdução de inovações tecnológicas. Essas máquinas modernas que revolucionaram os modos de se comunicar, se relacionar e trabalhar, por um lado, facilitaram a vida das pessoas, e, por outro, quando aplicadas ao processo de trabalho, implicaram a utilização cada vez menor de mão de obra para obter cada vez mais bens e serviços. Hoje, é possível produzir mais riqueza com um número menor de trabalhadores. A grande indústria moderna é o ápice do processo de substituição do homem pela máquina, discutido por Karl Marx.
O sistema taylorista- -fordista de produção e a acumulação flexível
Durante o processo de desenvolvimento da indústria, houve o esforço de introduzir mudanças no processo de produção e na organização do trabalho. O objetivo era aumentar a produtividade do trabalho, ou seja, fazer com que o trabalhador produzisse mais em menor tempo.
Taylorismo: por taylorismo, entendemos as modificações introduzidas por Frederick W. Taylor no modo de produzir, no final do século XIX, sustentadas essencialmente por um estudo de tempos e movimentos. O objetivo era controlar e determinar os métodos de trabalho, selecionando os trabalhadores e as ferramentas mais adequadas para o trabalho a ser realizado.
Fordismo: o fordismo tem como principal elemento a introdução, por Henry Ford, em 1913, da linha de montagem com esteira na produção de automóveis. No entanto, mais do que inovação tecnológica, o fordismo se caracteriza por ser um sistema com uma ampla divisão do trabalho, produção em massa de bens padronizados, sindicatos relativamente fortes e aumentos reais de salários.
Taylorismo-fordismo. A junção do controle de tempo com a esteira na linha de produção recebeu o nome de taylorismo-fordismo. Esse foi o sistema de produção predominante até a década de 1960. Ele se caracterizava pela produção em massa e altamente homogeneizada, pela utilização do trabalho parcelar e pelo operário visto como um apêndice da máquina, executando atividade repetitiva. Tal sistema conseguiu reduzir o tempo de produção e aumentar o ritmo. Era a mescla da produção em série fordista com o cronômetro taylorista. A dimensão intelectual do trabalho ficava a cargo de bem poucos, pois usava-se uma grande massa de trabalhadores pouco ou semiqualificados.
1.       Qual é a importância do trabalho na vida das pessoas?
2.       Qual é a maior proporção de pessoas ocupadas?
3.       Fale sobre o problema do desemprego, segundo o Ipea.
4.       Fale sobre a defasagem escolar, segundo o Ipea.
5.       Fale sobre o grau de analfabetismo no Brasil, segundo o Ipea.
6.       Quais outras ocupações aparecem na tabela e quais são suas respectivas porcentagens?
7.       Quais os direitos garantidos com o emprego com carteira assinada?
8.       Quais são os fatores apontados pelo Ipea para explicar a maior taxa de desempregados entre os jovens?
9.       Para que a pesquisa Ipea também chama a atenção?
10.   Explique os sistemas taylorista, fordista. Taylorista-fordista de produção e a acumulação flexível
11.   Pesquisar quais motivos as pessoas atribuem para o fato de estarem desempregadas?
12.   Responder o caderno do aluno da página 20 a 38.

Prof. Manoelito

FIL0S0FIA E RACISM0


O objetivo deste tema é estabelecer uma discussão sobre o racismo. Em um primeiro momento, veremos, a partir do fragmento de um artigo de Octavio Ianni, algumas considerações sobre como o racismo tem se manifestado na nossa sociedade; em seguida, destacaremos a posição de Michel Foucault sobre o racismo como resultado de uma biopolítica e uma reflexão sobre o texto do sociólogo Jair Batista da Silva, que considera a especificidade da realidade brasileira em relação ao racismo.
O que é racismo? Para responder a essa questão, leiam os fragmentos do artigo “A racialização do mundo”, de Octavio Ianni, e “O que é Racismo de Michel. Foucault”, disponível no Caderno do Aluno.
Racismo no Brasil - O racismo brasileiro é multiforme, a reflexão filosófica pode nos ajudar na compreensão e no questionamento de causas e formas de superação das manifestações racistas presentes em nossa sociedade. O texto prioriza o racismo em relação à população negra, nesse contexto, o racismo e as práticas discriminatórias das quais são vítimas os povos indígenas e os ciganos. Quais são as condições materiais de manutenção da vida, entre eles, acesso à saúde e à moradia, bem como as condições de prática e conservação da cultura dos povos indígenas e os ciganos? Para melhor entender essa questão, leiam o texto “A particularidade do racismo no Brasil” de Jair B. Silva, disponível no Caderno do Aluno.
Quando exibimos as diferenças, de modo que ninguém seja agredido ou excluído ou colocado em uma condição de inferioridade, não se trata de racismo. Dizer que André é negro, Paulo é branco, Mário é loiro etc. não significa racismo. Dizer que Luísa tem um cabelo trançado muito bonito e Márcia tem um cabelo loiro dourado, não é racismo. No entanto, usar essas diferenças para discriminar ou tentar humilhar ou “diminuir” o outro consiste em racismo.
Por tudo isso, é importante identificar o racismo feito sem palavras e que pode ser expresso nas mais variadas formas de linguagem. Ter amigos negros, ciganos ou índios não faz de ninguém menos racista. Ser filho ou parente, também não.
O que impede uma pessoa de ser racista é entender que o racismo é um mal cruel e excludente, que relega as vítimas à pobreza material e à destruição de seus valores e de sua cultura.
A relação do racista com a sua vítima apoia-se, diretamente, no pensamento de dominação de um povo sobre outro, de um indivíduo sobre o outro. A atitude racista é uma atitude de dominação, característica dos processos de colonização que empreenderam diferentes impérios ao longo da história da humanidade. A dominação dos europeus contra africanos e americanos levou à escravização de negros e índios, uma história que tão bem conhecemos no Brasil.
O racismo não apenas mata, mas deixa morrer e faz matar.  Por isso a escola deve valorizar atitudes antirracistas, para construir consciência e favorecer práticas de valorização da vida.  Assim, o antirracismo se traduz em duas condições; uma ética e outra política. A condição ética trata de refletir sobre si para não cometer a violência. A condição política se ocupa de evitar ações racistas de outras pessoas e exigir que as autoridades promovam a inclusão das vítimas, participando ou se solidarizando com grupos representativos dessa minoria – que é minoria no usufruto dos seus direitos e não em termos de números.
Para não se comprometer com o racismo, é preciso ser antirracista, pois, quem não se opõe ao racismo diretamente coloca-se em uma opção de banalidade e omissão em relação às vítimas, e ainda colhe os frutos do racismo. Se a vítima não combate ao racismo, então, vai colher os frutos da discriminação.
Questões:
1.      Como pode ser visto o século XX?
2.      Por que, no século XX ocorreu várias ondas de racialização do mundo?
3.      O que se tornou “raça”, ao lado de “casta”, “classe” e “nação”?
4.      Qual a diferença entre etnia e raça?
5.      Explique a primeira e a segunda função do racismo, segundo Michel Foucault.
6.      O que é racismo?
7.      Como qual condição o racismo é indispensável?
8.      Explique o racismo como ideologia.
9.      Qual a diferença, com relação ao racismo, entre as experiências norte-americana ou sul-africana e o Brasil?
10.  Por que a democracia racial, no Brasil, ainda não chegou para os negros?
11.  O que se pode fazer para transformar essa situação, tão comum na paisagem social do Brasil?
12.  Ao exibirmos as nossas diferenças. Quando não se trata de racismo e quando se trata de racismo? Explique.
13.  O que impede uma pessoa de ser racista?
14.  Em que apoia a relação do racista com a sua vítima?
15.  Por que a escola deve valorizar atitudes antirracistas?
16.  Como o antirracismo se traduz? Explique.

Prof. Manoelito

DOIS MODELOS DE ESTADO: LIBERAL E ANARQUISTA


O objetivo desse tema é apresentar a teoria liberal de Estado, segundo suas origens em John Locke, a servidão voluntária segundo Etienne de La Boétie, questões referentes à desigualdade social e à autoridade. O anarquismo, segundo Mikhail Bakunin.  
Muitos filósofos trataram do tema “Estado” como fruto de um pacto ou contrato baseado na união dos indivíduos. Em geral, esses filósofos se basearam no direito natural, ou seja, no jusnaturalismo. Contudo, Hobbes, Rousseau e Locke discordaram do significado exato desses direitos. De modo especial, John Locke, ao se referir aos direitos naturais, pensava que todos nascem com direito: à vida; à liberdade; e à propriedade. Por isso, é função do Estado fazer com que a vida, a liberdade e a propriedade de cada um sejam respeitadas. Dessa maneira, a burguesia, que estava em plena ascensão entre os séculos XVII e XVIII, encontrou nessa teoria uma das bases para a legitimação de seu poder. Em síntese, esse ideário ajudou a burguesia a se libertar da mediação política da tradição medieval e da Igreja Católica.
Com a teoria do indivíduo proprietário e livre para lucrar com o comércio e a indústria, constituiu-se o fundamento do liberalismo. No liberalismo, o Estado é responsável pela guarda das propriedades particulares contra os pobres, já que esses teriam perdido sua propriedade por usarem mal a própria liberdade. Assim, a pobreza é tida como responsabilidade do pobre, que deve usar a sua liberdade para o trabalho como fonte de novas propriedades.
Desejo de servir - Existem profundas diferenças entre os homens. Mas, em vez de causas naturais, essas diferenças têm causas sociais. Alguns se alimentam bem todos os dias, têm muito dinheiro, trabalham poucas horas e dispõem de tempo e condições para desfrutar das mais variadas formas de lazer. Enquanto isso, outros vivem situações absolutamente inversas. Tais constatações são herdeiras do pensamento político moderno instaurado a partir do século XVI e reconhecido na produção de filósofos como Nicolau Maquiavel e Etienne de La Boétie. Esses filósofos, cada um a seu modo, refletiram sobre a política como um campo autônomo, com regras próprias. Para entender a política, eles acreditavam ser necessário um olhar acurado para as relações de poder na sociedade e, por isso, formularam indagações do tipo: “Como uma determinada forma de governo se legitima? ” Ou “Por que obedecer? ”.
Assim, em que medida paixões como o medo e o terror impelem os homens à obediência, contribuindo para a manutenção do poder, que tem como elemento fundamental a política? O pensamento político moderno também procurou investigar os princípios que justificam as formas de manutenção do poder político, bem como as motivações que levam à submissão de muitos à vontade de poucos ou à vontade de um só. Os eventos econômicos e políticos da Europa, especialmente da França, no século XVI, inspiraram a obra de La Boétie, que acabou se tornando uma das mais representativas do pensamento político moderno. Apesar da distância temporal, suas reflexões ainda fazem sentido hoje, pois as demandas por autonomia persistem, em decorrência da manutenção da servidão voluntária e da apatia das pessoas no que diz respeito à liberdade.
La Boétie procurou explicar o motivo pelo qual as pessoas obedecem ao tirano. Suas observações e reflexões o levaram a afirmar que a sujeição de muitos por um tirano está relacionada muito mais com desejo do que com medo. Essa é a fonte do poder tirano: o desejo de poder de quem ele subjuga. Isso porque os menos favorecidos que se sujeitam ao tirano desejam também o poder porque este é o meio de ter posses. Para garantir a posse dos bens, deseja-se a tirania e, para tê-la, acaba-se por obedecer ao tirano. Dessa maneira, as pessoas perdem sua liberdade no momento em que obedecem às outras, em busca da tirania para alcançar seus bens. Para La Boétie, essas pessoas se tornam escravas por livre vontade, vivendo uma verdadeira servidão voluntária.
O anarquismo - No senso comum, o anarquismo é algo sem organização, em que qualquer um pode fazer o que bem entende. A teoria anarquista não defende que cada um possa fazer o que bem entende, mas sim que a organização política deva ser de modo tal que cada indivíduo possa participar do poder sem a instalação de um Estado que governe a todos. Os anarquistas têm como centro da ação política o indivíduo livre, autônomo, ou seja, capaz de se autogovernar e de participar de uma sociedade na qual a descentralização do poder seja um princípio fundamental. A autonomia no anarquismo exige que o indivíduo livre exerça a sua própria autoridade, sendo essa a única possível. Ou seja, no anarquismo, espera-se que as pessoas não precisem de governo para poder viver, pois se acredita que os seres humanos tenham a capacidade de viver em paz e em liberdade.
Por isso, os anarquistas combateram o Estado. Para eles, o Estado não garante a liberdade; pelo contrário, provoca a escravidão, pois controla a vida de todos, desde o nascimento até a morte. Por exemplo, quando nascemos, temos de ser registrados e, depois, obter vários documentos. No caso dos homens, aos 18 anos, é obrigatória a apresentação para o serviço militar. Finalmente, precisamos de autorização até mesmo para o sepultamento, quando será necessário mais um documento – o atestado de óbito – para provar a morte. Para os anarquistas, o Estado destrói a vida das pessoas, quer pela burocracia, quer pelo uso da força, como no caso da polícia. Quanto à democracia burguesa, ela merece ser criticada e superada por favorecer a desigualdade social, precisamente por meio de mecanismos de repressão, práticas políticas elitistas, entre outros, suprimindo a liberdade sob pretexto de manutenção da ordem e de garantia da propriedade privada.
Liberdade e responsabilidade - Poderíamos resumir a ação direta do anarquismo nessas duas palavras: liberdade e responsabilidade, uma vez que seu ideário propõe a eliminação de toda forma de hierarquia entre os homens. Em vez de existirem o Estado e as fronteiras, os seres humanos viveriam em comunidades autogovernadas que decidiriam quem seria responsável por resolver os problemas (o que não significa atribuir-lhes autoridade).
Questões:
1.   Qual o objetivo do tema?
2.      Como os filósofos trataram do tema?
3.      O que pensava John Locke, ao se referir aos direitos naturais?
4.      Qual a função do Estado, segundo John Locke?
5.      Explique a relação entre a burguesia e a teoria liberal de John Locke.
6.      Explique o fundamento do liberalismo.
7.      Explique o Estado no liberalismo.
8.      Fale sobre a pobreza no estado liberal, segundo Locke.
9.      Explique as causas das profundas diferenças entre os homens.
10.   Explique o pensamento político moderno de Nicolau Maquiavel e Etienne de La Boétie.
11.  Qual o motivo pelo qual as pessoas obedecem ao tirano, segundo La Boétie?
12.  O que defende a teoria anarquista?
13.  Por que os anarquistas combateram o Estado?
14.  Como poderíamos resumir a ação direta do anarquismo? Explique.
15.  E, se uma tal universalidade pudesse ser realizada em um único homem, e se ele quisesse se aproveitar disso para nos impor sua autoridade, o que fazer?
16.  O que pensa Bakunin em relação ao gênio? Explique as três razoes.


Prof. Manoelito