quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

CONTEÚDOS DAS SITUAÇÕES 1 E 2 - 1 ª SÉRIE - 1º BIMESTRE - AVALIAÇÃO 01

CRIANDO UMA IMAGEM CRÍTICA DA FILOSOFIA Leitura e Análise de Texto “Por toda parte eu vou persuadindo a todos, jovens e velhos, a não se preocuparem exclusivamente, e nem tão ardentemente, com o corpo e com as riquezas, como devem preocupar-se com a alma, para que ela seja quanto possível melhor, e vou dizendo que a virtude não nasce da riqueza, mas da virtude vem, aos homens, as riquezas e todos os outros bens, tanto públicos como privados.”PLATÃO. Apologia de Sócrates. Tradução Maria Lacerda de Souza. Disponível em: . Acesso em: 6 out. 2009. Leitura e Análise de Texto “Ao considerar o conhecimento como se encontrando entre as coisas mais belas e dignas do maior valor, sendo umas mais penosas do que outras, quer em virtude do seu rigor, quer em virtude de dizer respeito a coisas mais belas e elevadas, decidimos, devido a essas duas mesmas causas, considerar toda a investigação respeitante à alma como sendo de importância fundamental. Além disso, parece esta investigação também constituir uma contribuição especial para todo o conhecimento da verdade, particularmente para o estudo da natureza – a alma é, com efeito, o princípio de todos os seres vivos. Por isso procuramos, ao investigar, examinar a natureza e a essência da alma em primeiro lugar e, depois, os seus atributos fundamentais.” ARISTÓTELES. Da alma. Tradução Carlos Humberto Gomes. Lisboa: Edições 70, 2001. p. 23. Para os gregos, a “alma” era o lugar onde se situavam as ideias; mais tarde, esse “espaço” para ideias foi chamado de intelecto. Diferente do corpo, o intelecto é inteligível. Mas, assim como o corpo, ele pode ser melhorado. REFLEXÃO DO ESPELHO X A REFLEXÃO INTELECTUAL Reflexão do espelho: Necessita somente de luz - Apenas reflete o que está à sua frente - Apenas reflete as imagens presentes - Apenas reflete o que é visível - Caso não funcione direito, pode ser descartado - Não pode refletir a si mesmo. A reflexão intelectual: precisa de ideia e conhecimento. O intelecto pode refletir sobre coisas escondidas ou ausentes, assim como pessoas que moram longe e de quem gostamos; "Reflete sobre coisas do passado e pensa o futuro. em relação ao presente, ela trata dos sentidos, dos valores e das interpretações que fazemos do que podemos ver e do que apenas percebemos da realidade; Reflete sobre coisas “invisíveis”, ou abstratas, como o amor, a saudade ou as ideias, sem esquecer a Filosofia. COMO FUNCIONA O INTELECTO? INTRODUÇÃO AO EMPIRISMO E AO CRITICISMO JOHN LOCKE Leitura e Análise de Texto “Suponhamos, pois, que a mente é, como dissemos, um papel branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer ideias; como ela será suprida? De onde lhe provém este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo, numa palavra: da experiência. Todo o nosso conhecimento está nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento. Empregada tanto nos objetos sensíveis externos como nas operações internas de nossas mentes, que são por nós mesmos percebidas e refletidas, nossa observação supre nosso entendimento com todos os materiais do pensamento. Dessas duas fontes de conhecimento jorram todas as nossas ideias, ou as que possivelmente teremos. Primeiro, nossos sentidos, familiarizados com os objetos sensíveis particulares, levam para a mente várias e distintas percepções das coisas, segundo os vários meios pelos quais aqueles objetos a impressionaram. Recebemos, assim, as ideias de amarelo, branco, quente, frio, mole, duro, amargo, doce e todas as ideias que denominamos qualidades sensíveis. Quando digo que os sentidos levam para a mente, entendo com isso que eles retiram dos objetos externos para a mente o que produziu estas percepções. A esta grande fonte da maioria de nossas ideias, bastante dependente de nossos sentidos, dos quais se encaminham para o entendimento, denomino sensação. A outra fonte pela qual a experiência supre o entendimento com ideias é a percepção das operações de nossa própria mente, que se ocupa das ideias que já lhe pertencem. Tais operações, quando a alma começa a refletir e a considerar, suprem o entendimento com outra série de ideias que não poderia ser obtida das coisas externas, tais como a percepção, o pensamento, o duvidar, o crer, o raciocinar, o conhecer, o querer e todos os diferentes atos de nossas próprias mentes. [...] Mas, como denomino a outra de sensação, denomino esta de reflexão: ideias que se dão ao luxo de serem tais apenas quando a mente reflete sobre as próprias operações”. LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. Tradução Anoar Aiex e E. Jacy Monteiro. São Paulo: Nova Cultural, 1983. (Os Pensadores). p. 159-160. A TELEVISÃO OU O RÁDIO X O ENTENDIMENTO OU O INTELECTO A televisão ou o rádio: Capta o mundo pela antena ou cabo. Decodifica o sinal. Depois de decodificar, transforma o sinal em imagem ou som. Só decodifica o sinal dos canais. Não aprende nada com o que capta. Não pode refletir sobre o que capta. O entendimento ou o intelecto: Capta o mundo pelos cinco sentidos. Analisa e interpreta as experiências. Depois de interpretá-las, transforma as experiências em ideias. Interpreta tudo o que aparece aos sentidos e pode experimentar outras coisas. Aprende ou pode aprender com tudo o que capta. Pode refletir sobre o que consegue captar e, inclusive transmitir para outras pessoas os conhecimentos. Leitura e Análise de Texto Introdução Podemos afirmar que todos os nossos conhecimentos têm origem em nossa experiência. Se fosse ao contrário, por meio do que a faculdade de conhecimento deveria ser exercitada senão por objetos que tocam nossos sentidos e em parte produzem por si mesmos representações, em parte colocam em movimento a atividade do nosso entendimento para compará-las, reuni-las ou separá-las e, dessa maneira, proceder à elaboração da matéria informe das impressões sensíveis até um conhecimento das coisas, o que se denomina experiência? Portanto, no tempo nenhum conhecimento antecede a experiência; todos começam por ela. Porém, nosso conhecimento empírico é formado pelo que recebemos das impressões e pelo que a nossa faculdade de conhecer lhe adiciona estimulada pelas impressões dos sentidos; aditamento que somente distinguimos por longa prática que nos capacite a separar esses dois elementos. Eis aí uma questão que merece reflexão: Existe mesmo um conhecimento que não depende da experiência e das impressões dos sentidos? KANT, Immanuel, Crítica da razão pura. Tradução Lucimar A. Coghi Anselmi; Fulvio Lubisco. São Paulo: Icone, 2007. p. 5 (Coleção Fundamentos do Direito). Prof. Manoelito

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