Neste texto, abordaremos o tema felicidade, tomando-se
por base as concepções de duas correntes filosóficas do período helenístico
(323 a.C.-147 a.C.); o estoicismo e o epicurismo. Para o estoicismo, a felicidade consiste em adequar nossa vontade
ao destino, desejar apenas as coisas que dependem de nós e eliminar todas as
paixões, a fim de alcançar o estado de imperturbabilidade da alma – a ataraxia.
Para o
epicurismo, a felicidade reside em afastar os medos
que nos trazem infelicidade (como o medo dos deuses e da morte), descrer no
destino, habituar-se a uma vida simples, buscar o prazer e evitar a dor com
prudência, submetendo-o ao exame e à reflexão. Daí a importância da Filosofia
para a conquista da felicidade. Antes, porém, de entrarmos na exposição
sistemática dessas duas doutrinas, faremos uma introdução ao tema felicidade,
procurando problematizar brevemente sua definição e evidenciar a sua importância
como objeto da reflexão filosófica, uma vez que dele se ocuparam inúmeros
filósofos. Também tentaremos caracterizar o contexto histórico do helenismo, a
fim de propiciar uma compreensão mais adequada do estoicismo e do epicurismo.
O objetivo é iniciar o processo de questionamento do
senso comum sobre a questão da felicidade, “destruindo” algumas certezas e
preparando o caminho para o estudo posterior. Para
tanto, vamos ler o texto introdutório, “A
Felicidade como tema da Filosofia” disponível no Caderno do Aluno, com o
objetivo principal de contextualizar as doutrinas do estoicismo e do
epicurismo. Tal contextualização é fundamental para que vocês compreendam as razões
pelas quais temas como esse se tornaram tão relevantes e centrais naquele momento
histórico.
Agora vamos iniciar um estudo mais sistemático do
estoicismo por meio do texto “O
estoicismo e a felicidade como resignação”, disponível no Caderno do Aluno.
Trata-se de um texto sintético, que procura destacar algumas das ideias mais
importantes sustentadas por essa corrente filosófica acerca da felicidade, a
fim de permitir-lhes um primeiro contato com tais ideias. Destacamos nesse texto os seguintes aspectos: a origem
do nome estoicismo; os períodos em que a história da escola se dividiu; a ideia
de que existe uma Razão Divina (o Logos, ou Deus) que rege todo o universo,
imprimindo-lhe uma ordem necessária (isto é, que não pode ser de outro jeito),
racional e perfeita; a noção estoica de providência
imanente, que difere da que temos nos dias atuais; a noção de liberdade como
adequação da vontade ao Destino; a relação entre a felicidade e a capacidade de
discernir entre as coisas que dependem de nós e as que não dependem, ao optar
pelas primeiras e permanecer indiferentes em relação às segundas; a importância
e o papel da apatia na busca da felicidade; o caráter idealista e conformista
da felicidade estoica, bem como o significado político de suas teses.
Introdução ao estudo da concepção de felicidade
segundo a doutrina epicurista. Para aprofundar ao estudo do pensamento
epicurista, façam a leitura do texto “A felicidade segundo o epicurismo”,
disponível no Caderno do Aluno.
Questões:
1.
O que é a felicidade segundo o
Estoicismo e o Epicurismo?
2. O
que é felicidade segundo o Dicionário básico de Filosofia? Como atingir tal
grau de satisfação, isso é possível?
3. O
que foi o helenismo? Explique.
4. Do
ponto de vista político, qual foi a principal consequência da invasão
macedônica a Grécia?
5. Fale
sobre os temas da reflexão filosófica no período clássico. “Sócrates, Platão e
Aristóteles” e no período helenístico. “Estoicismo e Epicurismo”.
6. Em
que consiste a felicidade estoica?
7. Explique
resumidamente o que diz a carta a Meneceu, mais conhecida como Carta sobre a
felicidade.
8. Explique
o prazer, segundo Epícuro.
Prof. Manoelito
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