quinta-feira, 20 de outubro de 2016

SER FELIZ É PRECISO



Com esse tema, vamos discutir a Filosofia em relação a algumas questões que cercam o tema felicidade, próprias do cotidiano atual dos jovens brasileiros. Tais questões referem-se às representações que associamos à ideia de felicidade, como o prazer imediato, o consumo, como levar vantagens em diferentes situações competitivas, como ter sucesso e reconhecimento social, e, ainda, como viver a vida densa de glamour que é propagandeada em anúncios nos meios de comunicação de forma geral. Diante de tudo isso, uma pergunta é fundamental. Quais são os fetiches associados à ideia de felicidade em nosso cotidiano cultural?
Para iniciarmos a nossa reflexão, faremos a leitura da poesia bastante conhecida de Manuel Bandeira: “Vou-me embora pra Pasárgada” e do texto “Entraves à Felicidade”. Façam uma reflexão a respeito da fantasia que temos sobre um lugar como Pasárgada, no qual possamos realizar todos os nossos desejos.
É importante compreender que muitos de nossos desejos são primordiais, relativos à nossa condição biológica ou psicológica, mas muitos deles são associados aos valores de cada momento histórico e, se em um passado não muito distante éramos capazes de viver sem telefones celulares, atualmente esse objeto é tido pela maioria das pessoas como de extrema necessidade, além de se constituir em um sonho de consumo de muita gente. De maneira geral, na nossa sociedade, associamos a felicidade à prosperidade econômica como crescimento constante de consumo de bens ou como adoção de um padrão de vida e um comportamento que nos conduziria para a felicidade. Mas será que a nossa felicidade pode ser resumida a um consumo sempre crescente, à adoção de uma imagem ou a um padrão de comportamento idealizado 
Outro tema fundamental que se desdobra da reflexão sobre felicidade, é a morte. Como nos relacionamos com essa que é a única certeza da existência de todos os seres vivos. Para entender um pouco mais sobre esse tema, leiam o texto Morte, de Aguinaldo Pavão, que é professor de Filosofia da Universidade Estadual de Londrina, disponível no Caderno do Aluno.
A nossa natureza biológica, psicológica e social, no entanto, impede que se entenda a felicidade como ter prazer sempre, rir sempre, não viver padecimentos. Somos seres sujeitos a padecimentos: físicos e psicológicos. A morte é um deles. Se somos seres que sentem padecimentos, a felicidade pode ser entendida não como esse prazer imediato e que deve ser permanente, mas como uma boa relação com cada situação de padecimento inevitável, próprio de nossa natureza, como é o caso da morte. Uma boa relação com o padecimento pode vir da transformação dele em aprendizado. Para tanto, a reflexão filosófica pode ser uma aliada.
Questões:
1.      Por que o hedonismo moderno é uma arma trágica de dois gumes?

2.      Com relação a nossa busca da felicidade, em que a reflexão filosófica pode nos ajudar e de que depende?

3.      O que se pode afirmar a respeito da história da Filosofia?

4.      Cite alguns autores que problematizam o tema felicidade no âmbito da Filosofia.

5.      Qual é a promessa embutida na crença propagada pelos meios de produção hoje?

6.      A que está condicionada a obrigação de ser feliz?

7.      Por que a morte nos torna livres?

8.      Pesquisar sobre as relações que as diferentes culturas têm com a morte. Como os muçulmanos entendem a morte, os budistas do Tibete, o povo Xavante e como as diferentes pessoas do seu cotidiano explicam a morte.


Prof. Manoelito

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