quinta-feira, 20 de outubro de 2016

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER



Neste texto, abordaremos a problemática da violência contra a mulher, tomando por base o conceito de violência de gênero, com destaque para as práticas de violência contra a mulher que ocorrem cotidianamente no ambiente doméstico, serão colocados em discussão os conflitos nas relações entre homens e mulheres, bem como os fatores sociais e culturais que ajudam a explicar a natureza dos atos violentos que emergem desses conflitos. Por fim, será introduzida a Lei Maria da Penha, com o objetivo de propiciar uma reflexão sobre as medidas adotadas pelo Estado brasileiro no sentido de garantir e proteger os direitos da mulher.

A ocorrência de atos violentos entre homens e mulheres é um fato em nossa sociedade. E a maioria desses atos são cometidos por homens contra mulheres.

Para melhor entender esse tema, leiam os textos: “Brasil está entre os 25 países com mais feminicídios”, disponível no Caderno do Aluno. Infelizmente o texto refere-se ao Brasil porque apresentamos uma das maiores taxas de feminicídio do planeta. E, por isso, pode-se afirmar que o país não é um exemplo a ser seguido, mas um país em que a realidade precisa ser melhorada.

 O que é violência de gênero - Do ponto de vista da Sociologia, ser homem ou ser mulher envolve muito mais do que ter um sexo biologicamente definido e distinto do outro. Significa ter sentimentos, atitudes e comportamentos associados ao “gênero”, termo utilizado para distinguir homens e mulheres. Por essa razão, em Sociologia, a distinção homem/mulher não se limita ao sexo. O gênero (masculino ou feminino) não é determinado apenas pelas características genéticas ou biológicas.

“Quando você se comporta de acordo com as expectativas amplamente compartilhadas acerca de como homens e mulheres devem agir, você está adotando um papel de gênero”

Por que os homens agridem mais as mulheres do que o oposto? Entre os principais fatores que ajudam a explicar a violência de gênero estão as relações desiguais entre homens e mulheres. Quando os homens têm muito mais poder social do que as mulheres – isto é, quando ocupam a maioria das funções de comando, ganham mais do que as mulheres nas mesmas ocupações, são preferidos para ocupar posições de autoridade, entre outros exemplos – isso contribui para uma estrutura social na qual haverá uma maior vulnerabilidade para a mulher. Em sociedades em que homens e mulheres são socialmente mais iguais e as normas justificam a igualdade de gênero, a proporção de agressão masculina é mais baixa.

A violência do homem contra a mulher emerge em contextos sociais em que os papéis de gênero reforçam a ideia de que é “natural” e “correto” que os homens dominem as mulheres. Esses papéis são aprendidos nas famílias, na escola e por intermédio dos meios de comunicação de massa, que ajudam a ditar as formas de interação social.

Nas sociedades que se desenvolveram como patriarcais – ou seja, em que a figura de maior autoridade era o patriarca ou o chefe da família, clã ou tribo –, os homens eram considerados os indivíduos de maior valor e, por conseguinte, seu comportamento e modo de ser foram qualificados como o modelo a ser seguido na vida social. Essa representação de masculinidade enfatiza que os homens seriam mais racionais e menos emotivos e apresentariam características marcadas pela virilidade, força ou destreza física, agressividade, ambição, competitividade etc.

Esses padrões de comportamento geraram estereótipos que se tornaram referências e modelos dominantes em nossa sociedade, formando uma concepção de masculinidade idealizada.

De que forma (s) o ideal de masculinidade está relacionado à violência? Não há uma única resposta a essa questão. Entretanto, é possível dizer que a violência tem sido reconhecida desde tempos imemoriais como uma referência de masculinidade. É comum, por exemplo, que os homens sejam pressionados a manifestar signos visíveis de masculinidade, em situações em que são chamados a testar qualidades ditas “viris”, como esportes de luta, competições entre gangues, rachas, ou, ainda, reagir fisicamente quando desafiados em discussões verbais etc.

Para ampliar o seu conhecimento sobre violência contra a mulher, leiam “o texto que trata da vida e história de Maria da Penha”, e a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, também conhecida como Lei Maria da Penha. Disponíveis no Caderno do Aluno.

Questões:

1.      Por que o texto se refere ao Brasil?

2.      Do ponto de vista da Sociologia, o que é ser homem ou ser mulher?

3.      Quando você está adotando um papel de gênero?

4.      Quais os principais fatores que ajudam a explicar a violência de gênero?

5.      Onde emerge a violência do homem contra a mulher?

6.      De que forma (s) o ideal de masculinidade está relacionado à violência?

7.      Conte resumidamente a história de Maria da Penha Maia Fernandes e faça um comentário.

8.      Laia a lei Maria da penha e comente o parágrafo que você julgar mais importante.








Prof. Manoelito

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