quinta-feira, 20 de outubro de 2016

A FELICIDADE SEGUNDO O ESTOICISMO E O EPICURISMO



Neste texto, abordaremos o tema felicidade, tomando-se por base as concepções de duas correntes filosóficas do período helenístico (323 a.C.-147 a.C.); o estoicismo e o epicurismo. Para o estoicismo, a felicidade consiste em adequar nossa vontade ao destino, desejar apenas as coisas que dependem de nós e eliminar todas as paixões, a fim de alcançar o estado de imperturbabilidade da alma – a ataraxia.

Para o epicurismo, a felicidade reside em afastar os medos que nos trazem infelicidade (como o medo dos deuses e da morte), descrer no destino, habituar-se a uma vida simples, buscar o prazer e evitar a dor com prudência, submetendo-o ao exame e à reflexão. Daí a importância da Filosofia para a conquista da felicidade. Antes, porém, de entrarmos na exposição sistemática dessas duas doutrinas, faremos uma introdução ao tema felicidade, procurando problematizar brevemente sua definição e evidenciar a sua importância como objeto da reflexão filosófica, uma vez que dele se ocuparam inúmeros filósofos. Também tentaremos caracterizar o contexto histórico do helenismo, a fim de propiciar uma compreensão mais adequada do estoicismo e do epicurismo.

O objetivo é iniciar o processo de questionamento do senso comum sobre a questão da felicidade, “destruindo” algumas certezas e preparando o caminho para o estudo posterior. Para tanto, vamos ler o texto introdutório, “A Felicidade como tema da Filosofia” disponível no Caderno do Aluno, com o objetivo principal de contextualizar as doutrinas do estoicismo e do epicurismo. Tal contextualização é fundamental para que vocês compreendam as razões pelas quais temas como esse se tornaram tão relevantes e centrais naquele momento histórico.

Agora vamos iniciar um estudo mais sistemático do estoicismo por meio do texto “O estoicismo e a felicidade como resignação”, disponível no Caderno do Aluno. Trata-se de um texto sintético, que procura destacar algumas das ideias mais importantes sustentadas por essa corrente filosófica acerca da felicidade, a fim de permitir-lhes um primeiro contato com tais ideias. Destacamos  nesse texto os seguintes aspectos: a origem do nome estoicismo; os períodos em que a história da escola se dividiu; a ideia de que existe uma Razão Divina (o Logos, ou Deus) que rege todo o universo, imprimindo-lhe uma ordem necessária (isto é, que não pode ser de outro jeito), racional e perfeita; a noção estoica de providência imanente, que difere da que temos nos dias atuais; a noção de liberdade como adequação da vontade ao Destino; a relação entre a felicidade e a capacidade de discernir entre as coisas que dependem de nós e as que não dependem, ao optar pelas primeiras e permanecer indiferentes em relação às segundas; a importância e o papel da apatia na busca da felicidade; o caráter idealista e conformista da felicidade estoica, bem como o significado político de suas teses.

Introdução ao estudo da concepção de felicidade segundo a doutrina epicurista. Para aprofundar ao estudo do pensamento epicurista, façam a leitura do texto “A felicidade segundo o epicurismo”, disponível no Caderno do Aluno.

Questões:

1.      O que é a felicidade segundo o Estoicismo e o Epicurismo?

2.      O que é felicidade segundo o Dicionário básico de Filosofia? Como atingir tal grau de satisfação, isso é possível?

3.      O que foi o helenismo? Explique.

4.      Do ponto de vista político, qual foi a principal consequência da invasão macedônica a Grécia?

5.      Fale sobre os temas da reflexão filosófica no período clássico. “Sócrates, Platão e Aristóteles” e no período helenístico. “Estoicismo e Epicurismo”.

6.      Em que consiste a felicidade estoica?

7.      Explique resumidamente o que diz a carta a Meneceu, mais conhecida como Carta sobre a felicidade.

8.      Explique o prazer, segundo Epícuro.


Prof. Manoelito

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