segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

FILOSOFIA 2ª SÉRIE 1º BIMESTRE - COMPLETO



S1 FILOSOFIA 2ª SÉRIE 1º BIMESTRE

O EU RACIONAL


O objetivo desse tema é estimular o desenvolvimento de habilidades e competências relacionadas com o domínio de diferentes linguagens e a compreensão de diferentes fenômenos do conhecimento. A proposta procura incentivar as competências que possibilitam que o próprio aluno se reconheça como sujeito racional, capaz de uma certa autonomia de pensamento. Além disso, ela visa a incentivar as práticas de pesquisa, sistematização e a apresentação de conceitos e informações, com o que vocês também serão levados a fundamentar conhecimentos teóricos.

Descartes, filósofo francês (1596 – 1650), tinha como principal método de estudo, o questionamento de toda verdade que lhe era apresentada, passando-a primeiro, pelo crivo severo da razão, desconsiderando tudo o que a razão não aceitasse.

Um de seus estudos foi sobre a existência ou não de Deus. Sem considerarmos as questões religiosas e de crenças envolvidas em tal assunto, vejamos o que dizia Descartes.

Para ele a única coisa que realmente pode ser considerada verdadeira é o pensamento, visto que todo pensamento por si só prova sua existência, ou seja, mesmo que uma pessoa duvide que o pensamento exista, essa sua dúvida já é um pensamento. Essa proposição de Descartes fez surgir sua célebre frase: “Penso, logo existo”, que apesar de pequena guarda grande dimensão filosófica.

Uma vez de posse dessa nova linha de raciocínio, a razão, Descartes passa a examinar a ideia de perfeição. Quando dizemos que alguma coisa é imperfeita, estamos usando a ideia de perfeição sob a forma de falta de alguma coisa, ou seja, a ausência de algo que tornaria perfeita a coisa estudada.

Caso essa coisa estudada estivesse completa, teríamos a noção de um ser perfeito. Demonstrando que a ideia de perfeição não se origina nos sentidos, mas na razão, Descartes abre o caminho para a prova racional da existência de Deus. Ao questionar a origem da ideia de Deus, ele depara com o problema de que essa ideia não poderia ter surgido do nada, pois o nada, nada cria e nenhum ser, muito menos um ser perfeito, pode ter surgido do nada.

Seguindo este raciocínio, Descartes afirmou, também, que um ser imperfeito não pode ser a causa da criação de um ser perfeito, pois o menos não pode ser a causa do mais. A ideia de perfeição nasce junto com o homem, é uma ideia inata. Resta a ideia de que a perfeição não tendo sua origem no nada e nem tampouco em um ser imperfeito por natureza, só pode ter sido posta na razão por um ser perfeito.

Um ser perfeito pode ser a sua própria causa, ao contrário de um ser imperfeito. A ideia de perfeição posta na razão sugere a existência de um ser perfeito, pois seria contraditória a existência da perfeição sem um ser perfeito que a tenha criado.

Assim, a existência de uma ideia de perfeição que existe em nossa mente, comprova a existência de um ser perfeito que a criou e a colocou em nossa razão, ou seja, um ser que pode ser chamado de Deus.

Discurso do Método – Descartes

Não sei se vos devo falar das primeiras meditações que aqui fiz, pois elas são tão metafísicas e tão pouco comuns que talvez não sejam do agrado de todos. No entanto, a fim de que se possa julgar se os fundamentos que tomei são bastante firmes, acho-me, de certa forma, obrigado a falar delas. Há muito tempo eu notara que, quanto aos costumes, por vezes é necessário seguir, como se fossem indubitáveis, opiniões que sabemos serem muito incertas, como já foi dito acima; mas, como então desejava ocupar-me somente da procura da verdade, pensei que precisava fazer exatamente o contrário, e rejeitar como absolutamente falso tudo em que pudesse imaginar a menor dúvida, a fim de ver se, depois disso, não restaria em minha crença alguma coisa que fosse inteiramente indubitável. Assim, porque os nossos sentidos às vezes nos enganam, quis supor que não havia coisa alguma que fosse tal como eles nos levam a imaginar. E, porque há homens que se enganam ao raciocinar, mesmo sobre os mais simples temas de geometria, e neles cometem paralogismos, julgando que eu era tão sujeito ao erro quanto qualquer outro, rejeitei como falsas todas as razões que antes tomara como demonstrações. E, finalmente, considerando que todos os pensamentos que temos quando acordados também nos podem ocorrer quando dormimos, sem que nenhum seja então verdadeiro, resolvi fingir que todas as coisas que haviam entrado em meu espírito não eram mais verdadeiras que as ilusões de meus sonhos. Mas logo depois atentei que, enquanto queria pensar assim que tudo era falso, era necessariamente preciso que eu, que o pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade – penso, logo existo – era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições dos cépticos não eram capazes de a abalar, julguei que podia admiti-la sem escrúpulo como o primeiro princípio da filosofia que buscava.

Depois, examinando atentamente o que eu era e vendo que podia fingir que não tinha nenhum corpo e que não havia nenhum mundo, nem lugar algum onde eu existisse, mas que nem por isso podia fingir que não existia; e que, pelo contrário, pelo próprio fato de eu pensar em duvidar da verdade das outras coisas, decorria muito evidentemente e muito certamente que eu existia; ao passo que, se apenas eu parasse de pensar, ainda que tudo o mais que imaginara fosse verdadeiro, não teria razão alguma de acreditar que eu existisse; por isso reconheci que eu era uma substância, cuja única essência ou natureza é pensar, e que, para existir, não necessita de nenhum lugar nem depende de coisa alguma material. De sorte que este eu, isto é, a alma, pela qual sou o que sou, é inteiramente distinta do corpo, e até mais fácil de conhecer que ele, e, mesmo se o corpo não existisse, ela não deixaria de ser tudo o que é.

Depois disso, considerei, de modo geral, o que uma proposição requer para ser verdadeira e certa; pois, já que eu acabava de encontrar uma que sabia ser tal, pensei que também deveria saber em que consiste essa certeza. E, tendo notado que em penso, logo existo nada há que me garanta que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente que para pensar é preciso existir, julguei que podia tomar por regra geral que as coisas que concebemos muito clara e distintamente são todas verdadeiras, havendo, porém, somente alguma dificuldade em distinguir bem quais são as que concebemos distintamente. [...] DESCARTES, René. Discurso do método. São Paulo: Martins Fontes, 2009. p. 57, 58, 59, 60 e 61.

A Filosofia cartesiana do "eu penso" nos ajudará na construção do sujeito ético, pois a compreensão de nossas ações, bem como a construção de relações sociais de acordo com referências democráticas, por exemplo, exigem reflexões que se fundamentam em nossa capacidade de cogitar, isto é, de questionar o que vivemos e o que desejamos viver.  A Filosofia exige a habilidade da reflexão, que também é critério absoluto do agir ético. O indivíduo consciente de sua capacidade e de sua necessidade de pensar pode exercitá-las, na medida em que aprende como fazer. A importância do "eu penso" cartesiano é uma tentativa de criar condições para o desenvolvimento racional do indivíduo ético.
Após a leitura do texto, pesquisem e respondam as seguintes questões:

1.      Qual o objetivo desse tema?
2.      Pesquise e copie em seu caderno a biografia sucinta de Rene Descartes.
3.      Qual o significado das palavras relacionadas a seguir.  • Razão • Existência • Percepção • Juízo?
4.      Quais os principais livros escritos por Descartes e quais temas foi discutido em cada um deles?
5.      Como Descartes consegue provar a existência de Deus?
6.      Explique o que significa “Cogito ergo sun” e Dúvida metódica?
7.      Explique detalhadamente as quatro regras do método cartesiano.

Prof. Manoelito, Boa Sorte!!!!!!!



S2 FILOSOFIA 2ª SÉRIE 1º BIMESTRE

INTRODUÇÃO À ÉTICA

O objetivo é desenvolver as competências e habilidades para refletir criticamente sobre as condições de intervenção solidária na realidade, que respeitem os valores humanos e a diversidade sociocultural.
A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos dos homens. Teria sido traduzida em latim por mos ou mores (no plural), sendo essa a origem da palavra moral. Uma das possíveis definições de ética seria a de que é uma parte da filosofia (e também pertinente às ciências sociais) que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.
O exercício de um pensamento crítico e reflexivo quanto aos valores e costumes vigentes tem início, na cultura ocidental, na Antiguidade Clássica com os primeiros grandes filósofos, a exemplo de Sócrates, Platão e Aristóteles. Questionadores que eram, propunham uma espécie de “estudo” sobre o que de fato poderia ser compreendido como valores universais a todos os homens, buscando dessa forma ser correto, virtuoso, ético. O pano de fundo ou o contexto histórico no qual estavam inseridos tais filósofos era o de uma Grécia voltada para a preocupação com a pólis, com a política.
A ética seria uma reflexão acerca da influência que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos com essas prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses valores normativos e, dessa forma, até que ponto nós damos o efetivo valor a tais valores.
Segundo alguns filósofos, nossas vontades e nossos desejos poderiam ser vistos como um barco à deriva, o qual flutuaria perdido no mar, o que sugere um caráter de inconstância. Essa mesma inconstância tornaria a vida social impossível se nós não tivéssemos alguns valores que permitissem nossa vida em comum, pois teríamos um verdadeiro caos.  Logo, é necessário educar nossa vontade, recebendo uma educação (formação) racional, para que dessa forma possamos escolher de forma acertada entre o justo e o injusto, entre o certo e o errado.
Assim, a priori, podemos dizer que a ética se dá pela educação da vontade. Segundo Marilena Chauí em seu livro Convite à Filosofia (2008), a filosofia moral ou a disciplina denominada ética nasce quando se passa a indagar o que são, de onde vêm e o que valem os costumes. Isto é, nasce quando também se busca compreender o caráter de cada pessoa, isto é, o senso moral e consciência moral individuais. Segundo Chauí, podemos dizer que o Senso Moral é a maneira como avaliamos nossa situação e a dos outros segundo ideias como a de justiça, injustiça, bom e mau. Trata-se dos sentimentos morais. Já com relação à Consciência Moral, Chauí afirma que esta, por sua vez, não se trata apenas dos sentimentos morais, mas se refere também a avaliações de conduta que nos levam a tomar decisões por nós mesmos, a agir em conformidade com elas e a responder por elas perante os outros. Isso significa ser responsável pelas consequências de nossos atos.
Assim, tanto o senso moral como a consciência moral vão ajudar no processo de educação de nossa vontade. O senso moral e a consciência moral tem como pressuposto fundamental a ideia de um agente moral, o qual é assumido por cada um de nós. Enquanto agente moral, o indivíduo colocará em prática seu senso e consciência, pois são importantes para a vida em grupo entre vários outros agentes morais.
Logo, o agente moral deve colocar em prática sua autonomia enquanto indivíduo, pois aquele que possui uma postura de passividade apenas aceita influências de qualquer natureza. Assim, consciência e responsabilidade são condições indispensáveis à vida ética ou moralmente correta.
O que é a ética e a moral? Ética: é uma investigação, ou seja, uma reflexão filosófica sobre o agir humano e seu valor. Segundo Mario Sérgio Cortella, Ética é o conjunto de valores e princípios que usamos para decidir as três grandes questões da nossa vida, que são: quero, devo, posso. Tem coisas que eu quero, mas não devo, tem coisas que eu devo, mas não posso, tem coisas que eu posso, mas não quero.
Diferenças entre ética e moral: Moral: é um conjunto de princípios, regras e valores definidas por uma sociedade.
Ética: define o que é bom e o que é mau, segundo as circunstâncias. Moral: define o que é bom e o que é mau, antes das ações.
Critérios éticos de Sócrates; Aristóteles e Epícuro.
Os critérios de Sócrates: A Essência do homem: é sua alma inteligente, por isso fazer o bem é conhecer essa alma inteligente. Virtude: é a ciência (conhecimento). Vício: é o que contraria a virtude, ou seja, a ignorância.
Os critérios de Aristóteles: Aristóteles: O homem é sua alma inteligente e sua finalidade é a felicidade. O que é a felicidade do homem? Desenvolver sua racionalidade.
Segundo Aristóteles a alma é dividida em três partes: Vegetativa: responsável pelas necessidades básicas (comer, beber, dormir, reproduzir). Sensitiva: ligada as sensações e ao movimento. Intelectiva: responsável pelo uso da razão (pensamento).
A Felicidade: deve ocorrer em todas as partes da alma e o conhecimento deve fazer com que não haja exagero em qualquer parte da alma. Virtude: é o equilíbrio. Vicio: é o desequilíbrio.
Os critérios de Epícuro: Para Epícuro o prazer é o princípio ético da vida, por isso, o bem é o prazer e o mal é aquilo que causa dor e sofrimento. A Escolha do Homem: deve evitar a dor e o sofrimento e por isso a razão deve levar a busca do prazer. Virtude: Prazer; Vicio: é a dor e o sofrimento.
Atividade:
Leiam os textos relacionados ao tema, disponíveis abaixo e respondam as seguintes questões:
1.      Qual o objetivo do tema?
2.      Qual a origem da palavra ética? Explique.
3.      Questionadores que eram, o que propunham Sócrates, Platão e Aristóteles?
4.      Segundo alguns filósofos, como poderiam serem vistos nossas vontades e nossos desejos?
5.       Segundo Marilena Chauí em seu livro Convite à Filosofia (2008), quando nasce a filosofia moral ou a disciplina denominada ética?
6.      Caso fosse o juiz, que pena você aplicaria aos cinco jovens de classe alta que agrediram a doméstica?
7.      De que depende a felicidade completa do homem?
8.      Explique com suas palavras cada uma das máximas de Epicuro.
9.      Quais as recomendações de Epicuro sobre como chegar à felicidade? Comente cada uma delas.
Cinco jovens de classe alta agridem doméstica
Uma empregada doméstica, de 32 anos, foi espancada e roubada, na manhã do dia 24 de junho de 2007, quando saía do seu trabalho. 0s espancadores eram cinco jovens ricos, todos estudantes. Eles não apresentavam sinais de ter ingerido álcool ou outra substância química. A mulher relatou à polícia que, por volta das 6h30, estava em um ponto de ônibus, perto do apartamento onde trabalha e mora, para ir a uma consulta médica. De repente, saindo de um automóvel, os cinco jovens começaram a xingá-la e chutá-la na cabeça e na barriga. Depois, roubaram sua bolsa, com seus documentos, 47 reais e um celular, que nem tinha sido completamente pago. Após a agressão, ela voltou ao prédio em busca de ajuda. Um taxista, que estava próximo ao local do crime, anotou a placa do carro e notificou a polícia, que prendeu os jovens. 0s agressores confessaram o crime, mas nada falaram sobre os motivos que os levaram a cometer o ato de crueldade.
Dentre as potências da alma, como dissemos, todas as mencionadas subsistem em alguns seres; em outros, só algumas delas e, em alguns, apenas uma. E mencionamos como potências a nutritiva, a perceptiva, a desiderativa, a locomotiva e a raciocinativa. 0ra, nas plantas subsiste somente a nutritiva, mas, em outros seres, tanto esta, como a perceptiva. E, se subsiste a perceptiva, também subsiste a desiderativa, pois desejo é apetite, impulso e aspiração; e todos os animais têm ao menos um dos sentidos – o tato – e, naquele em que subsiste percepção sensível, também subsiste prazer e dor, percebendo o prazeroso e o doloroso; e, nos que eles subsistem, também subsiste o apetite, pois este é o desejo do prazeroso.
Além disso, eles têm a percepção do alimento, pois o tato é percepção do alimento, e todos os seres vivos se alimentam de coisas secas e Úmidas, quentes e frias, das quais a percepção é tato, e apenas acidentalmente a de outras qualidades sensíveis; pois o ruído, a cor e o cheiro nada acrescentam ao alimento, e o sabor não deixa de ser um objeto do tato. Apetite é fome e sede – a fome, o apetite do que é seco e quente; a sede, do que é úmido e frio –, enquanto o sabor é como um tempero destas qualidades. Mas devemos esclarecer posteriormente esse assunto. Por ora, é suficiente dizer isto: que entre os seres vivos que possuem tato também subsiste desejo. No que se refere à imaginação, não está claro e devemos examiná-la posteriormente. Em alguns seres vivos, além disso, subsiste também a capacidade de se locomover, e em outros, ainda, a de raciocinar e o intelecto – por exemplo, nos homens e em algum outro, se houver, de tal qualidade ou mais valioso. ARISTÓTELES. De anima.
Em primeiro lugar, temos que observar que as qualidades morais são de tal modo constituídas que são destruídas pelo excesso e pela deficiência, como percebemos ser o caso do vigor e saúde do corpo (pois para lograr esclarecimento acerca de coisas invisíveis é preciso utilizar a evidência de coisas visíveis). 0 vigor é destruído tanto pelo excesso de exercícios quanto pela deficiência destes e, analogamente, a saúde é destruída tanto por alimento e bebida em demasia quanto pela deficiência destes que em quantidades adequadas a produzem, aumentam e preservam. 0 mesmo, por conseguinte, se revela verdadeiro em relação à temperança, à coragem e às outras virtudes. Aquele que foge de tudo tomado pelo medo e jamais suporta qualquer coisa se torna um covarde aquele que não experimenta medo diante de coisa alguma e tudo enfrenta se torna temerário. De maneira análoga, aquele que cede a todos os prazeres e não se contém diante de nenhum se converte num libertino, enquanto aquele que se afasta de todos os prazeres, como fazem os indivíduos rudes, se torna o que pode ser qualificado como [um indivíduo] insensível. Assim, a temperança e a coragem são destruídas pelo excesso e pela deficiência e preservadas pela observância da mediania. ARISTÓTELES. Ética a Nicolao.
Algumas máximas de Epicuro
I.                    Aquele que dispõe de plenitude e de imortalidade não tem inquietações, nem perturba os outros; por isso está isento de impulsos de cólera ou de benevolência, já que tudo isso é próprio de quem tem fraquezas.
II.                 A morte nada é para nós. Com efeito, aquilo que está decomposto é insensível e a insensibilidade é o nada para nós.
III.              0 limite da amplitude dos prazeres é a supressão de tudo que provoca dor. 0nde estiver o prazer, e durante o tempo em que ele ali permanecer, não haverá lugar para a dor corporal ou o sofrimento mental, juntos ou separados.
IV.              A dor contínua não dura longamente na carne. A que é extrema permanece muito pouco tempo e a que ultrapassa um pouco o prazer corporal não persiste muitos dias. Quanto às doenças que se prolongam, elas permitem à carne sentir mais prazer do que dor. [...]
VIII.        Nenhum prazer é em si mesmo um mal, mas aquilo que produz certos prazeres acarreta sofrimentos bem maiores do que os prazeres.
IX.              Se todo prazer pudesse ter se acumulado, não só persistindo no tempo, mas também percorrendo a inteira composição do nosso corpo, ou pelo menos as principais partes de nossa natureza, então os prazeres não difeririam entre si. [...]
XVII.     0 justo desfruta de plena serenidade; o injusto, porém, está cheio de maior perturbação. [...]
XXIII.   Se combates todas as tuas sensações, nada disporás de referência nem mesmo para discernir corretamente aquelas que julgas deverem ser rejeitadas. [...]
XXVII.  De tudo aquilo de que dispõe a sabedoria para a felicidade de toda nossa vida, de longe o mais importante é a preservação da amizade.  EPICUR0. Máximas principais.
 
Prof. Manoelito
Boa Sorte!!!!!!!!

S3 FILOSOFIA 2ª SÉRIE 1º BIMESTRE

LIBERDADE EM JEAN-PAUL SARTRE
O objetivo é estimular o exercício e o desenvolvimento de habilidades como a compreensão da dinâmica da liberdade e seu exercício solidário. O Existencialismo é um Humanismo - O existencialismo é um Humanismo é um ensaio escrito pelo filósofo francês Jean Paul Sartre (1905 – 1980), derivado de uma conferência feita por ele em Paris, em 1946, para explicar sua doutrina e também defendê-la de algumas acusações.
O existencialismo era acusado de incitar pessoas a permanecerem no quietismo de desespero; por acentuarem a infâmia humana, mostrando em tudo o sórdido, o equívoco, o viscoso e por descurar certo número de belezas, o lado luminoso da natureza humana; por não atender à solidariedade humana, por trancar o homem entre quatro paredes e, por fim, a crítica cristã pelo existencialismo negar a realidade divina, suprimindo Deus e os valores dele derivados, restando a gratuidade, podendo assim cada qual fazer o que lhe apetecer.
Sartre afirma que o existencialismo é uma doutrina que torna a vida humana possível e que, por outro lado, declara que toda a verdade e toda a ação implicam um meio e uma subjetividade humana. Há duas espécies de existencialistas, aqueles que se declaram cristãos e, por outro lado, aqueles que se declaram ateus, que tem em comum o princípio que, como diria o próprio Sartre, “a existência precede a essência, ou, se quiser, que temos de partir da própria subjetividade.” O que deve se entender por isso, é que não somos apriori um projeto pensado, mas que somos apenas a posteriori, isso quer dizer, que primeiro existimos e depois definimos nossa essência. Porém Sartre critica o existencialismo cristão, já que a partir do momento que concebemos um Deus criador, esse Deus identificamo-lo quase sempre com um artífice superior e se admitirmos que a vontade segue mais ou menos uma intenção, uma inteligência, Deus quando cria sabe perfeitamente o que cria, o que torna impossível que, neste caso, a essência preceda a existência. Por outro lado havia o ateísmo dos filósofos do século XVIII, que mesmo suprimindo a noção de Deus, continua com a concepção de que a essência precede a existência a partir do momento que concebe a ideia de uma natureza humana. Nas palavras do Sartre: “O existencialismo ateu, que eu represento, é mais coerente. Declara ele que, se Deus não existe, há pelo menos um ser no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem ou, como diz Heidegger, a realidade humana. Que significará aqui o dizer-se que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiro existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeira não é nada. Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para a conceber. O homem é, não apenas como se concebe, mas como ele quer que seja, como ele se concebe depois da existência, como ele se deseja após este impulso para a existência; o homem não é mais que o que ele faz.”
Esse é o primeiro princípio do existencialismo, o que é chamado de subjetividade, que sempre deixa uma opção de escolha e escolhendo o homem se escolhe:
“O homem primeiro existe, ou seja, que o homem, antes de mais anda, é o que se lança para um futuro, e o que é consciente de se projetar no futuro. O homem é, antes de mais nada, um projeto que se vive subjetivamente, em vez de ser um creme, qualquer coisa podre ou uma couve-flor; nada existe anteriormente a este projeto; nada há no céu inteligível, o homem será antes mais o que tiver projetado ser. Não o que ele quiser. Porque o que entendemos vulgarmente por querer é uma decisão consciente, e que, para a maior parte de nós, é posterior á aquilo que ele próprio se fez. Posso querer aderir a um partido, escrever um livro, casar-me; tudo isso não é mais do que a manifestação duma escolha mais original, mais espontânea do que o que se chama vontade. Mas se verdadeiramente a existência precede a essência, o homem é responsável por aquilo que é. Assim, o primeiro esforço do existencialismo é o de pôr todo homem no domínio do que ele é e de lhe atribuir a total responsabilidade da sua existência.”
Nesse sentido Sartre afirma que o homem não é apenas restritamente responsável pela sua individualidade, mas que é responsável por todos os homens. A subjetividade tem dois sentidos, por um lado quer dizer, escolha do sujeito individual; e por outro, é a impossibilidade de superar a subjetividade humana, e é esse segundo que é o sentido profundo do existencialismo. Quando diz que o homem escolhe a si próprio, nessa escolha também escolhe ele todos os homens. Com efeito, não há dos nossos atos um sequer que, ao criar o homem que desejamos ser, não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem como julgamos que deve ser. Escolher isto ou aquilo é afirmar ao mesmo tempo o valor do que escolhemos, porque nunca podemos escolher o mal, o que escolhemos é sempre o bem, e nada pode ser bom para nós sem que o seja para todos. Assim a nossa responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor, porque ela envolve toda a humanidade. Toda essa responsabilidade gera angústias, desespero, abandono, o homem é angústia a partir do momento que se descobre como Ser no mundo, responsável por si mesmo e ao mesmo tempo responsável por toda humanidade, já que se escolhendo escolhe para toda humanidade. Isso não significa que todo ser viva submerso em angústias, justamente porque acreditam que ao agirem só se implicam nisso a si próprios, e se justifica qualquer atitude na justificativa de que “nem todo mundo age assim”, uma atitude de má fé, quando o que está em jogo é justamente se todo mundo agisse assim. O fato de mentir de tal maneira implica que esse alguém não está à vontade com a sua própria consciência e o ato de mentir implica novamente num valor universal atribuído pela escolha. Mas quem me deu o direito de impor minhas concepções, meus valores a toda humanidade? Terei eu o direito de agir de tal modo que a humanidade se regula pelos meus atos? Isso é angústia, a responsabilidade não só por mim. Para Sartre a angústia não leva a inatividade, pelo contrário, essa angústia é a própria condição da ação, que se orienta pela pluralidade de possibilidades; e quando escolhem uma opção se dão conta de que ela só tem valor por ter sido escolhida. 
De acordo o pensamento de Dostoievski - “Se Deus não existisse, tudo seria permitido”, - o homem está abandonado, já que não encontra em si e nem fora si, uma possibilidade que se apegue. Estamos sós e sem desculpas, porém se nossa existência precede a essência, isso nos torna inteiramente responsáveis por nós mesmos e pela humanidade. O existencialista nunca irá utilizar um impulso, uma paixão como desculpa para justificar sua atitude, pensa-se que ele é responsável por sua paixão; e jamais pensará que o homem pode encontrar auxílio num sinal dado sobre a terra, e que o há de orientar; porque pensa que o homem irá interpretar tal sinal como quiser. A doutrina existencialista afirma que só há realidade na ação, o oposto ao quietismo: “O homem não é senão o seu projeto, só existe na medida em que se realiza, não é, portanto, nada mais do que o conjunto dos seus atos, nada mais do que a sua vida.”
Assim sendo o homem só é na medida em que se realiza, na total responsabilidade de si mesmo, se é herói ou covarde, gênio ou medíocre, este é inteiramente responsável a medida que sua essência é posterior a existência. Se o indivíduo escolhe deixar-se ser levado, ser levado é uma escolha. Contrário aos críticos que afirmam que o existencialismo é uma doutrina pessimista, defende Sartre que é justamente o contrário, visto que o destino dos homens está em suas próprias mãos. 
O ponto de partida do existencialismo é a subjetividade do indivíduo, justamente por ser uma doutrina baseada na verdade, porém realista, contrária a teorias utópicas, bonitas, baseada em esperanças, mas sem fundamentos reais. Não há outra verdade senão está: penso, logo existo; é aí que se atinge a si próprio a verdade absoluta da consciência. Toda teoria que considera o homem fora deste momento, não passa de uma teoria que suprime a verdade. E através do cogito, não descobrimos somente a nós próprios, mas descobrimos também aos outros. Só podemos nos descobrir em face do outro e o outro é tão certo para nós como nós mesmos; e assim descobrimos que o outro é a condição da nossa existência. Dá-se conta de que não pode ser nada, salvo se os outros o reconhecem como tal, ou seja, para obter uma verdade qualquer sobre mim é necessário que eu passe pelo outro. Nestas condições, afirma Sartre, que a descoberta da minha intimidade descobre-me ao mesmo tempo o outro como uma liberdade posta em face de mim, que nada pensa, e nada quer senão a favor ou contra mim. Isso é chamado de intersubjetividade, é neste mundo que o homem decide sobre o que ele é e o que são os outros.
O existencialismo é um humanismo, afirma Sartre, pelo simples fato de que o homem está constantemente fora de si mesmo, é projetando-se e perdendo-se fora de si que ele faz existir o homem e, por outro lado, é perseguindo fins transcendentes que ele pode existir. Não havendo outro universo senão o universo humano, o universo da subjetividade, existindo, o homem permite que o outro exista, uma co-dependência.  E é esta condição transcendente que estimula o homem e faz com que este não esteja fechado em si mesmo, mas presente sempre num universo humano, chamado de universo existencialista. Humanismo, porque não há outro legislador além dele próprio, e que é no abandono que ele decidirá de si, mas voltando sempre para fora de si, vivendo o mundo dos meios, porém buscando fora de si um fim. Referência bibliográfica: O Existencialismo é um Humanismo - Jean Paul Sartre, 1946.
1.       Qual o objetivo do tema?
2.       O Que é o existencialismo é um Humanismo? Explique.
3.       Do que o existencialismo era acusado? Explique.
4.       O que afirma Sartre sobre o existencialismo?
5.       Por que Sartre critica o existencialismo cristão? Explique
6.       Por que o existencialismo ateu que Sartre representa é mais coerente.
7.       O que é o homem, segundo o existencialismo?
8.       Qual é o ponto de partida do existencialismo? 
9.       Leia o livro “O existencialismo é um humanismo” de Jean Paul Sartre e faça o resumo.


Prof. Manoelito
Boa Sorte!!!!!!

S4 FILOSOFIA 2ª SÉRIE 1º BIMESTRE 
AUTONOMIA - KANT
Até o momento, trabalhamos os temas e conteúdos que podem levá-los a desenvolver a capacidade de se perceberem como seres que pensam. Em seguida, mostrei-lhes que há critérios de escolhas para todas as ações humanas e discutimos a liberdade como reflexão e prática de vida. Agora, vamos desenvolver a capacidade de pensar, a autonomia, entendida como uma espécie de legislação particular do indivíduo, ou seja, as normas de conduta que ele cria para si mesmo. Já que todos podemos escolher sempre, é importante fazermos a constante reflexão sobre nossas regras pessoais: Como podemos criá-las e com base em quais critérios?
Em todos os lugares, existem sempre muitas normas, disciplinando quase tudo. Algumas delas são escritas, outras já fazem parte do nosso entendimento comum do mundo, ou seja, fazem parte de uma tradição. As normas são criadas pela influência dos costumes das sociedades ou por quem detém a autoridade. Nem sempre, porém, a tradição, as normas ou a legislação são capazes de nos orientar em nossas escolhas.
Autonomia e heteronomia - Segundo o Dicionário básico de Filosofia, a palavra autonomia significa liberdade política, autodeterminação e capacidade de governar a si mesmo. De acordo com a filosofia Kantiana, autonomia “é o caráter da vontade pura que só se determina em virtude de sua própria lei, que é conformar-se ao dever ditado pela razão prática e não por interesse externo”. A heteronomia, ao contrário, significa que a lei a que se obedece é de origem externa. “Em Kant, por oposição à autonomia da vontade, a heteronomia compreende todos os princípios da moralidade aos quais a vontade deve submeter-se: educação, constituição civil” etc. Dessa forma, a autonomia da vontade se manifesta quando seguimos leis que nós mesmos estabelecemos com base na razão e independente de outras motivações além da própria razão. A heteronomia está atrelada às normas que foram estabelecidas de acordo com as concepções de consciência e bem-estar. Nesse sentido, com base na filosofia Kantiana, os homens, por serem racionais e viverem em sociedade e segundo normas de convivência, pautam as suas ações pela autonomia da vontade e/ou por heteronomia.
Política, moral e ética - A doutrina moral de Kant é independente de qualquer sentido religioso. Sua moral exclui a noção de intenção como elemento de uma alma pura, e o dever não é uma obrigação a ser seguida em virtude de um ente superior. Intenção e dever (em Kant) dependem do sujeito epistemológico (eu transcendental) e não do eu psicológico (indivíduo). Para Kant, o sujeito transcendental trata-se de uma maquinaria (aparelho cognitivo) subjetiva, universal e necessária (presente em todos os homens, em todos os tempos e em todos os lugares). Assim, todo ser saudável possui tal aparato, formado por três campos: a razão, o entendimento (categorias) e a sensibilidade (formas puras da intuição-espaço e tempo).
Em Kant, a razão (faculdade das ideias) é que preserva os princípios que articulam intenção e dever conforme a autonomia do sujeito. Desse modo segue-se que tais princípios não podem ser negados sem autocontradição. Daí deriva a ideia de liberdade kantiana, de um caráter sintético a priori, sendo que sem liberdade não pode haver nenhum ato moral; para sermos livres, precisamos ser obrigados pelo dever de sermos livres.
O imperativo categórico - O comando moral que faz com que nossas ações sejam moralmente boas, se expressa no imperativo categórico: “age só segundo máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal” (FMC, 2004, p.51). Essa lei está atada à razão pura prática. Todo sujeito é racional (tem raciocínio lógico), por isso tem condição de sujeito moral, dotado de normas. Exercer uma ação contrária levaria ao absurdo. O exemplo que Kant nos dá (FMC) a respeito da mentira é o mais conhecido. Poderia alguém mentir em benefício próprio, de um ente querido, ou mesmo em favor da humanidade? Kant nos diz não, pois a mentira jamais poderia ser universalizada sem autocontradição: (...) pois, segundo essa lei, não poderia haver propriamente promessa alguma, já que seria inútil afirmar a minha vontade quanto as minhas futuras ações, pois as pessoas não acreditariam em meu fingimento, ou, se precipitadamente o fizessem, pagar-me-iam na mesma moeda. Portanto, a minha máxima, uma vez arvorada em lei universal, destruir-se-ia a si mesma necessariamente (Kant, FMC, 2004, p.31).

Desse modo, cada sujeito, tem um alarme acionado na sua consciência moral (com a razão pura prática funcionando), que evidencia essa contradição, alertando que essa ação deve ser refutada, visto que essa ação não pode servir para todos. Assim, consultando a razão pura prática (como deveria alguém agir na minha situação?), constataremos que se todos se utilizassem dessa ação, o mundo seria um verdadeiro caos. O imperativo categórico em Kant é uma forma a priori, pura, independente do útil ou prejudicial. É uma escolha voluntária racional, por finalidade e não causalidade. Superam-se os interesses e impõe-se o ser moral, o dever. O dever é o princípio supremo de toda a moralidade (moral deontológica). Dessa forma uma ação é certa quando realizada por um sentimento de dever. A razão é a condição a priori da vontade, por isso independe da experiência.
Diferenças entre os imperativos - Todos os imperativos ordenam, e são fórmulas para exprimir as relações entre as leis objetivas do querer em geral, e a discordância subjetiva da vontade humana.
Imperativo é hipotético: no caso de a ação ser apenas boa como meio para qualquer outra coisa, ou seja, em vista de algum propósito possível ou real. A habilidade na escolha dos meios para atingir o maior bem-estar próprio pode-se chamar sagacidade. Por exemplo, a escolha dos meios para alcançar a própria felicidade (não é um ideal da razão, mas da imaginação), continua sendo um imperativo hipotético (considerados mais como conselhos).
Imperativo Categórico: não é limitado à nenhuma condição, é um mandamento absoluto (necessário), vale como princípio apodíctico-prático (da razão). Segue-se que somente o imperativo categórico equivale a uma lei prática, e os outros imperativos podem ser denominados de princípios da vontade, mas não leis. Pois, conforme nos diz Kant “o mandamento incondicional não deixa à vontade nenhum arbítrio acerca do que ordena só ele tendo, portanto, em si, aquela necessidade que exigimos na lei” (FMC, 2004, p. 50).
As fórmulas do Imperativo Categórico - Além da fórmula da universalidade da lei que vimos no que foi exposto anteriormente existem duas outras fórmulas:
1. Baseada na humanidade como fim: Kant afirma que todo o ser racional, existe como fim em si mesmo, e não apenas como meio para uso arbitrário desta ou daquela vontade. Assim o imperativo prático será o seguinte: “age de tal maneira que possas usar a humanidade, tanto em tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio” (FMC, 2004, p. 59).
2. Baseada na vontade legisladora universal: a vontade da ação deve ser vista como um dever, ou seja, a ideia da vontade de todo ser racional concebida como vontade legisladora universal. Segundo esse princípio, Kant afirma: A vontade não está, pois, simplesmente submetida à lei, mas o está de tal maneira que possa ser também considerada legisladora ela mesma, e precisamente por isso então submetida à lei (de que ela mesma pode ser considerada como autora - FMC, 2004, p. 62).
Em Kant o dever é a necessidade de uma ação por respeito à lei. E uma ação por dever elimina todas as inclinações (todo o objeto da vontade), e, portanto, só resta à vontade obedecer à lei prática (baseada na máxima universal), pois se trata de um princípio que está ligado à vontade. O valor moral da ação não reside no efeito que dela se espera, pois o fundamento da vontade é a representação da lei e não o efeito esperado (uma boa vontade não é boa pelo que promove ou realiza, mas pelo simples querer, em si mesma). A ética kantiana é a ética do dever, da autocoerção da razão, que concilia dever e liberdade. O pensamento do dever derruba a arrogância e o amor próprio, e é tido como princípio supremo de toda a moralidade. 
1.       Explique Autonomia e heteronomia.
2.       Para Kant, o que é o sujeito transcendental?
3.       Explique Imperativo hipotético e Imperativo Categórico.
4.       Explique a razão em Kant.
5.       Explique as fórmulas do Imperativo Categórico.
6.       O que é o dever, segundo Kant? Explique.
7.       Segundo Kant, onde reside o valor moral da ação?
8.       Por que a ética Kantiana é a ética do dever?
9.       Leiam os textos disponíveis no caderno do aluno e respondam as questões propostas.
Prof. Manoelito
BOA SORTE!!!!!


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