O objetivo é aprofundar a
discussão sobre liberdade, abordando um tema de grande relevância para a
Filosofia, que é o determinismo. Segundo a concepção determinista, o mundo, os
acontecimentos e até o comportamento humano são regidos por leis necessárias e
imutáveis, que escapam ao controle dos homens, de modo que a liberdade é
impossível.
Uma
ideia comum do senso comum é que, “as coisas só acontecem quando têm de
acontecer”, “nada acontece por acaso”, “aconteceu porque tinha de acontecer”,
“aconteceu porque estava escrito que seria assim” etc. Essas questões nos levam
a refletir sobre a natureza livre ou não livre das inúmeras escolhas que
fazemos no nosso dia a dia. As coisas acontecem porque têm que acontecer ou
somos nós que fazemos com que aconteçam? No dia a dia, fazemos inúmeras
escolhas a todo momento, da roupa, do calçado ou do corte de cabelo que usamos;
do livro que pegamos para ler; da notícia de jornal que privilegiamos; dos
valores, crenças e opiniões que adotamos; das músicas que preferimos sintonizar
no rádio ou baixar da internet; dos programas de TV a que assistimos; da
profissão que almejamos no futuro; da pessoa com quem desejamos namorar ou
casar etc. É você mesmo quem escolhe com liberdade ou você é induzido a
preferir determinadas coisas e produtos no lugar de outros? Todas essas
escolhas são absolutamente livres, sem qualquer interferência de fatores
externos ao sujeito que escolhe? Para tentar responder a essas questões, façam
a leitura dos textos “Determinismo e
liberdade”, “Show do Milhão”, “Sobre o destino” “Liberdade humana e providência
divina” e “A chegada de Lampião no Céu”.
A relação entre liberdade humana e
providência divina. Para melhor entender esse tema, reflitam
sobre algumas expressões do cotidiano que tomam como pressuposta a tese da
providência divina, embora a maior parte das pessoas talvez não se dê conta
disso. As expressões são as seguintes: “Se Deus quiser, tudo vai dar certo. ”;
“Graças a Deus, passei no vestibular! ”; “Foi por Deus que não aconteceu um acidente.
Diante
dessas questões, que papel tem Deus, para cada um vocês, na condução dos
acontecimentos? Quando digo “Se Deus quiser, tudo vai dar certo”, estou
afirmando que, se não der certo, será porque Deus não quis? Em outras palavras,
quando algo dá certo é porque Deus quer e quando não dá é porque ele não quer?
Logo, por esse raciocínio, seja qual for o resultado de uma ação, ele pode ser
atribuído a Deus? Quando alguém diz “Graças a Deus, passei no vestibular! ”,
está afirmando que passou por causa da ação de Deus? Ora, mas há inúmeras
outras pessoas que não passaram. Logo, Deus quer que algumas passem e outras
não? Como isso é possível, sendo ele bom, justo e sábio? Quando pensamos: “Foi
por Deus que não aconteceu um acidente”, indiretamente não estamos também afirmando
que quando um acidente acontece é porque Deus não o impediu? Mas como Deus
permite que acidentes aconteçam com alguns e não com outros? Na verdade, a
maioria das pessoas usa essas expressões sem refletir sobre elas e sem se dar
conta de sua relação com a discussão sobre a providência divina.
1. Se o
comportamento humano é determinado, a liberdade torna-se impossível por quê?
2. Por que,
no filme “O auto da compadecida”. A certa altura da história, os protagonistas
morrem, indo se encontrar no juízo Final. Entre todos, porém, apenas Severino é
absolvido?
3. Por que o
determinismo é o extremo oposto em relação ao libertarismo?
4. Qual o
problema do determinismo?
5. Pesquisar
o que foi a Tragédia Grega?
6. Em que
consiste o fatalismo?
7. De acordo
com o texto “Sobre o destino”, responda: quais personagens fazem parte da
tragédia, e qual o desfecho final?
8. Quantas
letras há no lema da bandeira brasileira? Caso você erre, qual a causa? Foi
porque foi da vontade de Deus e só lhe resta acatar o acontecido, ou você não
perdeu, apenas deixou de ganhar?
9. Em que
consiste a providência divina?
10. Qual
a diferença entre fatalismo e providência divina?
11. Defina
liberdade segundo Hobbes e dê exemplos.
12. Qual
o significado de Livre-arbítrio, segundo Hobbes?
13. Como
Hobbes procurou conciliar liberdade e necessidade?
14. Por
qual raciocínio Hobbes procurou conciliar a liberdade do homem com a
providência divina?
15. De
acordo com o poema, com qual objetivo Lampião foi ao céu? Por que ele queria
ser julgado?
Prof.
Manoelito
A hipótese do gene de Deus propõe que a espiritualidade humana é influenciada pela hereditariedade e que um gene específico, chamado transportador vesicular de monoamina 2 (VMAT2), predispõe os humanos a experiências espirituais ou místicas. A probabilidade de troca de lealdade em nossos modelos depende da dotação genética do indivíduo em questão. Uma criança geneticamente predisposta à religião tem mais probabilidade do que outras crianças de permanecer ou se tornar religiosa quando adulta. No geral, as descobertas sugeriram que os fatores genéticos podem realmente ter uma influência ao longo da vida na crença religiosa – seja por meio de caminhos de curso de vida ou cognitivos diretos. O VMAT2 codifica um transportador vesicular de monoamina que desempenha um papel fundamental na regulação dos níveis das substâncias químicas cerebrais serotonina, dopamina e norepinefrina. Postula-se, por sua vez, que esses transmissores de monoamina desempenham um papel importante na regulação das atividades cerebrais associadas às crenças místicas.
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