quinta-feira, 18 de agosto de 2016

FILOSOFIA E O DETERMINISMO


O objetivo é aprofundar a discussão sobre liberdade, abordando um tema de grande relevância para a Filosofia, que é o determinismo. Segundo a concepção determinista, o mundo, os acontecimentos e até o comportamento humano são regidos por leis necessárias e imutáveis, que escapam ao controle dos homens, de modo que a liberdade é impossível.
Uma ideia comum do senso comum é que, “as coisas só acontecem quando têm de acontecer”, “nada acontece por acaso”, “aconteceu porque tinha de acontecer”, “aconteceu porque estava escrito que seria assim” etc. Essas questões nos levam a refletir sobre a natureza livre ou não livre das inúmeras escolhas que fazemos no nosso dia a dia. As coisas acontecem porque têm que acontecer ou somos nós que fazemos com que aconteçam? No dia a dia, fazemos inúmeras escolhas a todo momento, da roupa, do calçado ou do corte de cabelo que usamos; do livro que pegamos para ler; da notícia de jornal que privilegiamos; dos valores, crenças e opiniões que adotamos; das músicas que preferimos sintonizar no rádio ou baixar da internet; dos programas de TV a que assistimos; da profissão que almejamos no futuro; da pessoa com quem desejamos namorar ou casar etc. É você mesmo quem escolhe com liberdade ou você é induzido a preferir determinadas coisas e produtos no lugar de outros? Todas essas escolhas são absolutamente livres, sem qualquer interferência de fatores externos ao sujeito que escolhe? Para tentar responder a essas questões, façam a leitura dos textos “Determinismo e liberdade”, “Show do Milhão”, “Sobre o destino” “Liberdade humana e providência divina” e “A chegada de Lampião no Céu”.
A relação entre liberdade humana e providência divina. Para melhor entender esse tema, reflitam sobre algumas expressões do cotidiano que tomam como pressuposta a tese da providência divina, embora a maior parte das pessoas talvez não se dê conta disso. As expressões são as seguintes: “Se Deus quiser, tudo vai dar certo. ”; “Graças a Deus, passei no vestibular! ”; “Foi por Deus que não aconteceu um acidente.
Diante dessas questões, que papel tem Deus, para cada um vocês, na condução dos acontecimentos? Quando digo “Se Deus quiser, tudo vai dar certo”, estou afirmando que, se não der certo, será porque Deus não quis? Em outras palavras, quando algo dá certo é porque Deus quer e quando não dá é porque ele não quer? Logo, por esse raciocínio, seja qual for o resultado de uma ação, ele pode ser atribuído a Deus? Quando alguém diz “Graças a Deus, passei no vestibular! ”, está afirmando que passou por causa da ação de Deus? Ora, mas há inúmeras outras pessoas que não passaram. Logo, Deus quer que algumas passem e outras não? Como isso é possível, sendo ele bom, justo e sábio? Quando pensamos: “Foi por Deus que não aconteceu um acidente”, indiretamente não estamos também afirmando que quando um acidente acontece é porque Deus não o impediu? Mas como Deus permite que acidentes aconteçam com alguns e não com outros? Na verdade, a maioria das pessoas usa essas expressões sem refletir sobre elas e sem se dar conta de sua relação com a discussão sobre a providência divina.
1.       Se o comportamento humano é determinado, a liberdade torna-se impossível por quê?
2.       Por que, no filme “O auto da compadecida”. A certa altura da história, os protagonistas morrem, indo se encontrar no juízo Final. Entre todos, porém, apenas Severino é absolvido?
3.       Por que o determinismo é o extremo oposto em relação ao libertarismo?
4.       Qual o problema do determinismo?
5.       Pesquisar o que foi a Tragédia Grega?
6.       Em que consiste o fatalismo?
7.       De acordo com o texto “Sobre o destino”, responda: quais personagens fazem parte da tragédia, e qual o desfecho final?
8.       Quantas letras há no lema da bandeira brasileira? Caso você erre, qual a causa? Foi porque foi da vontade de Deus e só lhe resta acatar o acontecido, ou você não perdeu, apenas deixou de ganhar?
9.       Em que consiste a providência divina?
10.   Qual a diferença entre fatalismo e providência divina?
11.   Defina liberdade segundo Hobbes e dê exemplos.
12.   Qual o significado de Livre-arbítrio, segundo Hobbes?
13.   Como Hobbes procurou conciliar liberdade e necessidade?
14.   Por qual raciocínio Hobbes procurou conciliar a liberdade do homem com a providência divina?
15.   De acordo com o poema, com qual objetivo Lampião foi ao céu? Por que ele queria ser julgado?


Prof. Manoelito

Um comentário:

  1. Roberto Autran Nunes28 de julho de 2023 às 02:22

    A hipótese do gene de Deus propõe que a espiritualidade humana é influenciada pela hereditariedade e que um gene específico, chamado transportador vesicular de monoamina 2 (VMAT2), predispõe os humanos a experiências espirituais ou místicas. A probabilidade de troca de lealdade em nossos modelos depende da dotação genética do indivíduo em questão. Uma criança geneticamente predisposta à religião tem mais probabilidade do que outras crianças de permanecer ou se tornar religiosa quando adulta. No geral, as descobertas sugeriram que os fatores genéticos podem realmente ter uma influência ao longo da vida na crença religiosa – seja por meio de caminhos de curso de vida ou cognitivos diretos. O VMAT2 codifica um transportador vesicular de monoamina que desempenha um papel fundamental na regulação dos níveis das substâncias químicas cerebrais serotonina, dopamina e norepinefrina. Postula-se, por sua vez, que esses transmissores de monoamina desempenham um papel importante na regulação das atividades cerebrais associadas às crenças místicas.

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