quinta-feira, 18 de agosto de 2016

TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO


O objetivo deste tema é discutir o desemprego como um fenômeno social, situando-o no contexto das transformações no mundo do trabalho. Se perguntarmos à população brasileira quais são hoje os maiores problemas que perturbam a vida das pessoas em nossa sociedade, com certeza o desemprego vai ser uma das respostas, entre várias outras. Qual é a importância do trabalho na vida das pessoas? Por que as pessoas trabalham? O que significa o desemprego na vida das pessoas? Por que as pessoas ficam desempregadas? A importância do trabalho relaciona-se com a necessidade de garantir os meios de vida do trabalhador e de sua família. Sem rendimentos, as pessoas não sobrevivem, pois não têm casa para morar, alimentos, roupas, calçados, não podem estudar, não têm lazer. O trabalho, implica valores como honestidade, dignidade, independência e autorrealização. As pessoas terão, possivelmente, uma compreensão mais clara a respeito do desemprego e de suas consequências para a sua vida se eles ou seus familiares já passaram pela experiência da exclusão ou tiveram dificuldade de inserção no mercado de trabalho. No entanto, talvez muitas pessoas não conseguem explicar as causas do desemprego.
Mercado de trabalho: emprego e desemprego - Analisem as tabelas no Caderno do Aluno.
1.       Qual é a maior proporção de pessoas ocupadas? 2- Quais outras ocupações aparecem na tabela e quais são suas respectivas porcentagens?
2.       Vocês consideram importante ter um emprego com carteira assinada.
3.       Vocês sabem quais são as vantagens de um emprego desse tipo.
Emprego com carteira assinada - os direitos garantidos por essa forma de trabalho:
ü  Acesso ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O FGTS é um valor depositado mensalmente na Caixa Econômica Federal, pelo empregador, em conta no nome do empregado, que tem por finalidade protegê-lo na hipótese de desemprego involuntário, ou seja, caso ele seja demitido da empresa ou adquira determinadas doenças. Ele também pode ser retirado pelo empregado no momento da compra de um imóvel;
ü  Férias remuneradas;
ü  13º salário;
ü  Em alguns casos, direito a seguro-desemprego;
ü  Inscrição no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que garante o direito à aposentadoria.
Os assalariados sem carteira assinada não têm acesso a esses direitos, embora haja a possibilidade de buscar esses direitos na Justiça do Trabalho. E, apesar de existir uma legislação que obriga o registro em carteira dos empregados domésticos e lhes garanta férias remuneradas, 13º salário e inscrição no INSS, ainda é grande a proporção desses empregados que não é registrada e, portanto, é privada desses direitos. Já o trabalhador autônomo deve se inscrever na prefeitura, pagar alguns impostos e contribuir para o INSS. Isso lhe garante o direito à aposentadoria remunerada e ao recebimento de alguns benefícios na hipótese de doença que o impeça de realizar seu trabalho. Contudo, ele não tem direito ao seguro-desemprego, ao FGTS, a férias remuneradas ou ao 13º salário, por exemplo.
IPEA: jovens são 46,6% de desempregados no país
Fatores apontados pelo Ipea para explicar a maior taxa de desempregados entre os jovens:
ü  A questão da rotatividade entre os jovens, ou seja, que eles tenderiam a mudar mais de emprego, pois estariam “experimentando” ocupações. Os jovens não sabem ainda o que querem e mudam mais facilmente de emprego do que a população mais velha.
ü  A baixa qualificação do jovem e o tipo de posto que ocupa. Como possui, de maneira geral, baixa qualificação e pouca experiência, o jovem ocupa os piores postos em termos de remuneração e condições de trabalho, além de proporcionar à empresa os menores custos de demissão e contratação. Como a qualificação exigida para o posto é baixa, ele é mal remunerado, e, assim, é mais fácil, do ponto de vista econômico, a sua contratação ou demissão. Por isso, eles conseguem ocupações mais precárias e de curta duração.
ü  A questão da escolaridade. Ao tratar dessa questão, logo após a afirmação de que os jovens têm uma baixa qualificação, o artigo indiretamente relaciona o problema do desemprego à escolaridade. Afinal, a grande defasagem escolar diminui a chance de os jovens conseguirem empregos melhores e mais bem remunerados, pois não possuem qualificação para tanto.
A pesquisa chama a atenção também para a defasagem escolar. De acordo com o estudo, cerca de 34% dos jovens entre 15 e 17 anos ainda estão no Ensino Fundamental, enquanto apenas 12,7% dos jovens de 18 a 24 anos frequentam o Ensino Superior. Deve-se destacar também a crescente proporção de jovens fora da escola, conforme a faixa etária: 17% entre os com idade de 15 a 17 anos; 66% entre 18 e 24 anos; e 83% entre 25 e 29 anos, dos quais boa parte não chegou a completar o Ensino Fundamental. Além disso, o artigo também aponta a elevada taxa de analfabetismo no país, representada pela dificuldade entre as pessoas maiores de 15 anos de escrever ou ler um bilhete simples. 
E hoje, será que isso mudou? Estudos apontam que a taxa de desemprego entre os mais jovens ainda é muito maior do que aquela encontrada entre adultos.
Transformações no mundo do trabalho - introdução de inovações tecnológicas e o trabalho
As transformações ocorridas no mundo do trabalho são resultado, principalmente, da automação ou introdução de inovações tecnológicas. Essas máquinas modernas que revolucionaram os modos de se comunicar, se relacionar e trabalhar, por um lado, facilitaram a vida das pessoas, e, por outro, quando aplicadas ao processo de trabalho, implicaram a utilização cada vez menor de mão de obra para obter cada vez mais bens e serviços. Hoje, é possível produzir mais riqueza com um número menor de trabalhadores. A grande indústria moderna é o ápice do processo de substituição do homem pela máquina, discutido por Karl Marx.
O sistema taylorista- -fordista de produção e a acumulação flexível
Durante o processo de desenvolvimento da indústria, houve o esforço de introduzir mudanças no processo de produção e na organização do trabalho. O objetivo era aumentar a produtividade do trabalho, ou seja, fazer com que o trabalhador produzisse mais em menor tempo.
Taylorismo: por taylorismo, entendemos as modificações introduzidas por Frederick W. Taylor no modo de produzir, no final do século XIX, sustentadas essencialmente por um estudo de tempos e movimentos. O objetivo era controlar e determinar os métodos de trabalho, selecionando os trabalhadores e as ferramentas mais adequadas para o trabalho a ser realizado.
Fordismo: o fordismo tem como principal elemento a introdução, por Henry Ford, em 1913, da linha de montagem com esteira na produção de automóveis. No entanto, mais do que inovação tecnológica, o fordismo se caracteriza por ser um sistema com uma ampla divisão do trabalho, produção em massa de bens padronizados, sindicatos relativamente fortes e aumentos reais de salários.
Taylorismo-fordismo. A junção do controle de tempo com a esteira na linha de produção recebeu o nome de taylorismo-fordismo. Esse foi o sistema de produção predominante até a década de 1960. Ele se caracterizava pela produção em massa e altamente homogeneizada, pela utilização do trabalho parcelar e pelo operário visto como um apêndice da máquina, executando atividade repetitiva. Tal sistema conseguiu reduzir o tempo de produção e aumentar o ritmo. Era a mescla da produção em série fordista com o cronômetro taylorista. A dimensão intelectual do trabalho ficava a cargo de bem poucos, pois usava-se uma grande massa de trabalhadores pouco ou semiqualificados.
1.       Qual é a importância do trabalho na vida das pessoas?
2.       Qual é a maior proporção de pessoas ocupadas?
3.       Fale sobre o problema do desemprego, segundo o Ipea.
4.       Fale sobre a defasagem escolar, segundo o Ipea.
5.       Fale sobre o grau de analfabetismo no Brasil, segundo o Ipea.
6.       Quais outras ocupações aparecem na tabela e quais são suas respectivas porcentagens?
7.       Quais os direitos garantidos com o emprego com carteira assinada?
8.       Quais são os fatores apontados pelo Ipea para explicar a maior taxa de desempregados entre os jovens?
9.       Para que a pesquisa Ipea também chama a atenção?
10.   Explique os sistemas taylorista, fordista. Taylorista-fordista de produção e a acumulação flexível
11.   Pesquisar quais motivos as pessoas atribuem para o fato de estarem desempregadas?
12.   Responder o caderno do aluno da página 20 a 38.

Prof. Manoelito

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